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Opinião

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O custo da segurança

Retirada de tropas do Afeganistão, um conflito na Ucrânia com forças separatistas apoiadas pela Rússia, a rápida ascensão de uma milícia radical sunita no Iraque e na Síria, a redução dos gastos militares de países da América do Norte e da Europa.

Não foram poucos nem simples, como se vê, os assuntos discutidos na última cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar ocidental. Após dois dias reunidos em Gales na última semana, os líderes desse bloco de 28 países subscreveram uma longa e detalhada carta a respeito desses e de outros temas.

Além disso, os chefes de Estado também se manifestaram. Assim se soube, por exemplo, do plano do presidente dos EUA, Barack Obama, para combater o Estado Islâmico. Até pouco tempo atrás, sua administração admitia não ter estratégia para lidar com esse problema no Oriente Médio. Os detalhes da ação serão anunciados amanhã.

Em outro front discutido pela Otan, prevaleceu o ceticismo. Apesar de ter reconhecido a importância do acordo de cessar-fogo entre o governo da Ucrânia e os separatistas das regiões de Donetsk e de Lugansk, o bloco prometeu prosseguir com novas sanções contra a Rússia, acusada de dar apoio financeiro e militar aos rebeldes.

Para que sejam revertidas, será preciso que o fim das hostilidades se mostre duradouro e que Moscou prove com atos, não só com palavras, seu compromisso com a paz.

De todo modo, a aliança ocidental criou uma força de reação rápida, composta por 4.000 soldados, que ficará inicialmente estacionada nos países bálticos do grupo --um evidente lembrete ao Kremlin de que suas investidas no Leste Europeu não passarão incólumes.

Se, no plano das intenções, são claros os sinais emitidos pela Otan, o mesmo não se pode dizer em relação à prática. Hoje, só quatro das 28 nações destinam mais de 2% do PIB para a área de defesa, como consta de diretriz do bloco. Implementar essa recomendação nos próximos anos foi um dos compromissos do texto final da reunião.

Enfrentar as ameaças à segurança global depende de maior cooperação entre os países e é tarefa custosa --mesmo que seja, como se espera, apenas para honrar o antigo provérbio: "Quem quer a paz deve se preparar para a guerra".


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