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Luiz Fernando Vianna

Imprensa grande ou nanica

RIO DE JANEIRO - É a quarta eleição presidencial consecutiva com petistas e tucanos se enfrentando no segundo turno. Antes dessa série, Fernando Henrique (PSDB) venceu duas disputas no primeiro turno tendo Lula (PT) como o principal adversário.

Consolidou-se nos últimos 20 anos uma espécie de bipartidarismo --com o PMDB e as outras legendas fisiológicas pendendo para quem vencer-- que ganhou contornos de Fla x Flu. E a cegueira inerente às paixões vem contaminando a imprensa.

Não se fala aqui das revistas que há muito trocaram o jornalismo pela propaganda política. É outro o foco.

O crescimento em progressão geométrica do número de comentaristas de TV e colunistas de jornal --fenômeno do qual este autor se beneficia, talvez para tristeza do leitor--parece pulverizar as opiniões a tal ponto que cada um de nós se arrisca a ver o espaço cedido como propriedade pessoal.

Se passarmos a entender todos (empresas de comunicação, jornalistas, sociedade) que cada coluna é mesmo um palanque, esta será a nova regra. Os extremistas (petistas empedernidos e antipetistas raivosos) já a aplicam com gosto, sem qualquer apego a fatos.

E há os que ainda simulam independência, mas, de tão envolvidos com uma causa partidária, não conseguem preservar o equilíbrio. Consideram deselegância profissional anunciar apoio, mas não fazem outra coisa que não seja impulsionar o candidato que querem vencedor.

Tais impressões são resultado do acompanhamento do noticiário das últimas semanas, com o crescimento de Aécio Neves reaquecendo a guerra PT x PSDB. Confirmado agora o confronto direto, é possível temer que certas reputações se aproximem mais da lama. Ou, então, vamos todos repensar nossos papéis. Será um segundo turno também para a imprensa.


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