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Conta de luz
A recusa dos tucanos em renovar as concessões de suas geradoras de energia mostra que eles estão mais preocupados em manter os polpudos lucros das empresas e os altos dividendos dos acionistas. Estão pouco se importando se isso prejudica o consumidor, que pode ter uma redução menor das tarifas que o prevista.
Edson Aparecido da Silva (São Paulo, SP)
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Sou mineiro e não posso deixar de manifestar minha indignação com os comentários impertinentes de membros do PSDB, em especial do senador Aécio Neves, a respeito do prejuízo da Cemig com as medidas do governo federal. Não sou petista nem crítico dos tucanos, por isso tenho isenção bastante para afirmar que a energia fornecida pela Cemig é a pior e mais cara do país. Em Uberaba a população já perdeu a paciência com a estatal pelo péssimo serviço e pelas altas tarifas.
Marco Túlio Martins (Uberaba, MG)
Agências
O governo promete blitz nas agências reguladoras para evitar a ação de grupos que buscam beneficiar setores fiscalizados. Se elas precisam de fiscalização não têm moral para fiscalizar ninguém. Seus diretores são nomeados para regular empresas de enorme poder econômico: um agrado modifica qualquer decisão contrária deles. Ou alguém é incorruptível? Elas atuam a favor dos regulados e foram transformadas em órgãos de nomeação política. Deveriam ser extintas.
Roberto Doglia Azambuja (Brasília, DF)
Ministério Público
A PEC 37 protege o cidadão de investigações realizadas por autoridades que não possuem essa atribuição. A Constituição não permite que o Ministério Público investigue. Os cidadãos, sob o argumento do combate à criminalidade, não podem sofrer violações nos seus direitos constitucionais. O Ministério Público é órgão acusador, absolutamente parcial. Permitir que ele investigue sem nenhum controle é permitir o retorno à ditadura.
Rosania dos Santos Gonçalves Pires (Niterói, RJ)
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O artigo de dois advogados e um delegado em defesa da PEC 37 ("Opinião", 9/12) traz razões mais do que suficientes para demonstrar por que o MP não pode ser alijado da investigação criminal: "Na relevantíssima função de controle da investigação, o Ministério Público pode sujeitar a polícia a cumprir itens fulcrais, como requisitar instauração do procedimento, acompanhar todas as diligências, requisitar maiores esforços em determinados casos". Se o Ministério Público pode tudo isso, por que não pode ter a iniciativa e a condução da investigação criminal?
Ana Lúcia Amaral (São Paulo, SP)
Fim do mundo
O calendário maia teria sido feito para durar 2.500 anos. Daí a crença infantil de que o mundo acabaria neste começo de século. Por esse raciocínio o mundo estaria acabando todos os anos a partir do Almanaque Capivarol, pois todos os calendários modernos são feitos para 12 meses.
Helmir Zigoto (Brasília, DF)
Lei Seca
O atropelamento de mãe e filha na calçada do aeroporto de Congonhas por um rapaz que admitiu estar embriagado, que resultou na morte da mãe da menina, mostra o quanto é inócua nossa legislação sobre o assunto. Talvez ainda hoje o rapaz já esteja em liberdade, beneficiado pelos caminhos tortuosos da lei. E o crime que cometeu, como muitos outros, vai ficar impune. Vamos levar muito tempo para sermos um país de Primeiro Mundo.
Tomaz de Aquino dos Santos (Piracicaba, SP)
Violência
O estudante André Baliera, agredido em ataque homofóbico, pergunta: por que minha existência provoca fúria tão desumana? ("Folha Corrida", 9/12). Por que a fúria? Quase todos os psicólogos concordam que ela é provocada em pessoas com forte tendência homossexual. Este sentimento, profundamente recalcado nelas, faz projetar sobre o "outro" o seu próprio desejo que lhe é inaceitável e insuportável. Agredir passa a ser no seu subconsciente punir a sua própria homossexualidade.
Moisés Spiguel (São Paulo, SP)
Sucessão
Não é bom para o país essa corrida presidencial na metade do mandato da presidente Dilma. Tanto governo como oposição parecem não levar em conta os fatos pelos quais o país está passando, como o fraco desempenho da economia. Os interesses partidários estão se sobrepondo aos reais interesses da nação.
Francisco M. de Souza Braga (Rio Claro, SP)
Argentina
O que está acontecendo na Argentina é que o governo quer sufocar órgãos de imprensa que ousam dizer a verdade. O pior é que há lideranças brasileiras que querem criar em nosso país o mesmo tipo de mecanismo restritivo para inibir reportagens como a que desvendou o mensalão.
Raul Agnello Moler (São Paulo, SP)
Judiciário
Não é preciso erudição para entender como julgam os ministros do STF. É só acompanhar os votos pela TV. Há os que julgam à vista do que consta dos autos e sem se preocupar com quem está sendo julgado. E há os que julgam pouco preocupados com o que consta dos autos e muito preocupados com quem está sendo julgado. Assistir julgamentos pela TV Justiça é um martírio. Os ministros, frente às câmeras, procuram disputar quem tem maior erudição. O estoque de processos no STF só será reduzido quando os ministros proferirem seus votos de forma clara e objetiva.
Jayme de Almeida Rocha Netto (Campinas, SP)
Eucalipto
Hoje ainda há preconceito contra o eucalipto. Resido numa área rural e pude observar que, com o eucalipto, a região tem apresentado melhores condições para a sobrevivência da biodiversidade, dos trabalhadores e das áreas nativas. Antigamente, com a agropecuária, havia desmatamento, queimadas, caça e pesca predatórias. Hoje os produtores procuram evitar incêndios, reduziram a atividade predatória, houve melhoria nos empregos e na renda dos trabalhadores.
Daniel Marques (Virginópolis, MG)
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