Folha de S.Paulo

Painel do Leitor

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Mensalão
O presidente da Câmara, o deputado federal Marco Maia (PT-RS), pede, em artigo publicado na Folha ("Respeitar o Legislativo é defender a democracia", Tendências/Debates, ontem), respeito ao Poder Legislativo. Ora, seu apelo deve ser dirigido, primordialmente, a seus pares, pois ninguém desrespeita mais a Casa diuturnamente do que seus próprios membros.
José Paulo Schneider (Rio de Janeiro, RJ)

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Na ânsia desesperada para salvar os mandatos de seus "pares", o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, vem agora ameaçar a todos, afirmando que, caso o destino dos mandatos dos deputados condenados na ação penal 470 não seja uma prerrogativa da Câmara, tal fato poderá dar início a uma crise institucional. Repudiando essa ameaça e acreditando na total isenção da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, outorgamos essa tarefa ao STF.
Carlos Alberto Ventura (Cafelândia, SP)

Governo federal
No artigo "Sem palavras" ("Opinião", ontem), Vinicius Mota fez uma análise perfeita da incapacidade do governo de aceitar críticas, como se o Brasil estivesse imune a uma análise que identificasse fragilidades em nossa economia. Na verdade, vejo isso como sintoma de um problema mais grave, que é a blindagem do desempenho do governo Lula, uma unanimidade popular que não poderia ser contestada. Isso não ocorreria se apontássemos como causas da incapacidade de crescimento fatores agravados nos últimos dez anos, como o baixo investimento público, a supervalorização do real, o endividamento excessivo das famílias e o aumento da carga tributária.
José Osvaldo Gonçalves Andrade (Belo Horizonte, MG)

Violência
Quando será que vai terminar essa violência em São Paulo?
Duas pessoas morreram carbonizadas dentro de um ônibus incendiado no Jardim Brasil, na zona norte da capital paulista ("Primeira Página" e "Cotidiano", ontem). Atitudes já estão sendo tomadas, esperamos que os resultados venham o mais rápido possível.
Adib Millen (Tatuí, SP)

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Não só concordo com o leitor Moisés Spiguel (Painel do Leitor, ontem), que atribuiu a bárbara agressão ao estudante André Baliera a um recalque dos agressores por tendências homossexuais, como acrescento que a ligação deles com o culto ao físico pode ajudar a explicar, e muito, tanta violência.
Carlos Gonçalves de Faria (São Paulo, SP)

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O argumento de Moisés Spiguel, de que a fúria contra homossexuais resulta da autorrepressão homossexual, é largamente usado pelos próprios gays numa contenda qualquer em que se sintam aviltados. Com essa afirmação, a única conclusão possível é a de que os agressores de homossexuais são homossexuais também, embora não assumam essa condição. Mais: nesse caso, a dita homofobia seria produto dessa negação. Sendo homossexuais os agredidos e os agressores, onde entram os heterossexuais nesses crimes?
Boris Dunas (Bertioga, SP)

Corinthians
Nem será preciso ganhar o campeonato mundial para mostrar que o amor do corintiano é maior do que qualquer coisa: o número de pessoas na despedida do time, uma torcida organizada em Tóquio com 6.000 integrantes, torcedor vendendo carro, perdendo emprego e viajando com só US$ 500 no bolso, tudo isso fala mais alto. Se eu não fosse corintiano, juro que também teria raiva dessa torcida.
Roque Menucelli Junior (São Paulo, SP)

Medicina
Gostaria de congratular-me com o editorial "Cuidar dos médicos" ("Opinião", 10/12). O texto espelha um problema não só dos proprietários das faculdades privadas, como foi dito, mas referente também à segurança e à saúde da população.
Tal fato ocorreu comigo recentemente ao consultar um médico, por meio de plano de saúde, em exame de vista para trocar de óculos. Infelizmente, recebi o seguinte diagnóstico: "O senhor está com a pressão alta nos olhos, seu olho direito está se avariando rápido e vai perdê-lo totalmente... E tem risco de 50% de perder também a visão do olho esquerdo". Desfecho: após duas semanas na pior, procurei um profissional experiente, fora da cobertura do meu plano de saúde, mas que valeu a pena. O referido médico constatou que não era nada do que tinham dito e me indicou uma série de exames.
Rogério Lustosa Bastos, professor da UFRJ (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro esclarece que, ao contrário do que deu a entender o artigo "Contra o conteudismo escolar e seus testes" (do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Franklin de Leão, Tendências/Debates, 6/12), o livro de alfabetização adotado é produzido por professores da própria rede municipal do Rio de Janeiro. Das 1.074 escolas municipais, apenas 52 optaram por utilizar o Programa Alfa e Beto, mencionado no artigo.
Marcello Gazzaneo, assessor de comunicação da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

Egito
Infelizmente, o Egito entrou numa sinuca de bico com esse presidente déspota que fala em democracia, mas que, na verdade, quer o poder. Pelas medidas tomadas [por Mursi], isso está mais do que claro. É uma pena para um país que precisa crescer e melhorar rapidamente.
Antonio José G. Marques (São Paulo, SP)

Arte e história
Espetacular a reportagem "Rainha alemã" ("Ciência", ontem), sobre o busto da rainha egípcia Nefertiti. Será que obras como essa estariam a salvo e bem conservadas fora da Europa?
Dimas da Cruz Oliveira (Conquista, MG)

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