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Paula Cesarino Costa

Fora de foco

RIO DE JANEIRO - Proteção e Defesa do Consumidor, Prevenção à Dependência Química e Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida. Poucos diriam que são temas de pouca importância ou que não merecem atenção prioritária de um governo. A dois anos do final da sua administração de oito anos, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), decidiu que é hora de olhar para esses assuntos.

Foi aprovado anteontem na Assembleia projeto de lei do Executivo que cria 228 novos cargos em comissão (sem concurso), alguns para novas secretarias, a um custo anual de R$ 4 milhões. Cabral tem hoje 22 pastas, menos do que o governo anterior.

O que se questiona é por que só agora. Por que a urgência?

O discurso de gestor preocupado com a gerência financeira do Estado -por causa da eventual perda de parte da verba originária da distribuição dos royalties do petróleo- parece ser contraditório com esse novo gasto.

É evidente que R$ 4 milhões são risíveis num orçamento de quase R$ 72 bilhões. Mas o problema não é financeiro. É uma questão de transparência e política administrativa. O governo parece não julgar necessário explicar muita coisa. Na justificativa enviada à Alerj, nem especifica quais seriam as novas pastas.

A oposição diz que vai entrar com uma ação de inconstitucionalidade, mas só sete deputados votaram contra. Acredita que a medida faz parte de acordo político feito de olho em 2014, quando o vice-governador Luiz Fernando Pezão deverá ser o candidato de Cabral à sua sucessão.

O governador murchou depois do chamado "escândalo dos guardanapos", em que autoridades fluminenses viajaram à Europa acompanhadas de empresários. Reduziu aparições públicas, só dá entrevistas curtas e rápidas sobre temas pontuais.

Sem futuro político definido, seu governo, que tem méritos em diversas áreas, parece perder o foco.


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