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Painel do Leitor
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Janio
Consistentes e muito importantes as reflexões da ombudsman Suzana Singer (30/12) sobre a desassombrada posição do eminente jornalista Janio de Freitas no que se refere à ação penal 470. Membro do Conselho Editorial deste jornal, ele tem demonstrado de forma isenta e corajosa as fragilidades na condução do processo por parte do Supremo Tribunal Federal, incluídas aí as inaceitáveis manifestações grosseiras de Joaquim Barbosa contra o revisor Ricardo Lewandowski. Sendo um dos poucos leitores a pedir a anulação deste emblemático show, elogio a pluralidade da Folha em publicar textos contrários à sua linha editorial.
Francisco Carlos Alves do Carmo Ramos (Brasília, DF)
Gaspari
Em sua coluna de 30/12, o jornalista Elio Gaspari diz que o tucanato está iludido esperando um esfriamento da economia para politizar o fato em vez de fazer propostas no campo da educação e da saúde. Eu diria o contrário, o tucanato está, sim, fazendo propostas. Nesta semana fez na educação: usou o populismo exatamente como a situação para ficar bem com a "opinião pública".
Quebrou a resistência dos técnicos e reitores e introduziu cotas na USP, Unesp e Unicamp nos mesmos moldes das universidades federais, desprezando pareceres dessas três universidades. Como o governo petista federal, o governo tucano paulista passa longe do cerne do problema, que é a reforma do ensino básico.
JosÉ E. Rubin (São Caetano do Sul, SP)
Estrangeiros
Vejo com bons olhos o plano do governo brasileiro de atrair mão de obra estrangeira. Engana-se quem pensa que a vinda de estrangeiros ao Brasil traria uma concorrência desnecessária ou desleal. O Brasil carece de profissionais mais experientes e capacitados, especialmente em áreas como tecnologia da informação, petróleo, gás e construção pesada. Com a crise externa, receberiam salários completamente viáveis para o empresário brasileiro.
Filipe Luiz Ribeiro Sousa (São Carlos, SP)
Se nos oito anos de governo FHC e nos oito de governo Lula o Brasil tivesse investido maciçamente em educação, hoje, em vez de uma enorme população carcerária com idade média em torno dos 24 anos, nós teríamos um enorme contingente de profissionais qualificados para ocupar as vagas que serão abertas para os trabalhadores estrangeiros.
Sandra Brogioni (São Paulo, SP)
Telefone
É excelente o projeto de lei 315/11 que fixa um prazo mínimo de 360 dias de validade para os créditos pré-pagos da telefonia móvel, porém continua engavetado aguardando votação. É um absurdo inserir os créditos no celular e, quando necessito, os mesmos já expiraram. O projeto deveria incluir uma norma para as promoções das operadoras, pois são numerosas e confundem o consumidor. O preço de uma ligação de celular para um telefone fixo ou para o de outra operadora é altíssimo e permite que as operadoras tenham lucros suficientes para possibilitar ao cliente maior validade dos créditos.
Daniel Marques (Virginópolis, MG)
São Silvestre
No Painel do Leitor de 29/12 o sr. Luiz Antonio Alves de Souza lamenta as mudanças de horário da corrida de São Silvestre. O leitor está com toda a razão: a São Silvestre perdeu a graça! Perdemos uma tradição. Plim-plim!
Vera Jock Piva (Maringá, PR)
Educação
Li com profunda angústia a coluna de Hélio Schwartsman ("Demagogia educacional", 29/12), que defende que o fraco desempenho educacional do Brasil é resultado da má aplicação dos recursos disponíveis. Schwartsman diz que o Brasil investe 4,4% do PIB em educação, contra 4,9% da média dos países da OCDE. Só que, demograficamente, o Brasil é um país jovem, e o percentual da população em idade escolar aqui é muito maior. Além disso, será preciso investir muito para melhorar as precárias instalações das nossas escolas públicas e a qualificação da desprestigiada carreira do magistério. Os países desenvolvidos já decolaram e agora estão em velocidade de cruzeiro. O ensino público no Brasil continua no chão, sem plano de voo nem combustível.
Cláudio E. Oliveira (Florianópolis, SC)
Senado
Gostaria de lembrar aos que são contrários ao retorno de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado que o jogo politico é jogado e o lambari é pescado. Qualquer senador pode disputar o cargo com Renan, mas precisa ter votos para derrotá-lo.
Vicente Limongi Netto (Brasilia, DF)
Funk
O mundo não acabou, mas está bem perdido. Porque os "pancadões funk" continuam a todo pavor. Se alguém liga para a PM ouve os questionamentos mais ridículos: "O tumulto é grande? Todos usam drogas?". Se alguém liga para o 190 é porque a situação é grave, com drogas, som alto e cenas obscenas. Não se pode aceitar tanta permissividade.
Joana Melo (São Paulo, SP)
Aeroportos
Dia 14/12 cheguei ao aeroporto Dulles em Washington DC às 6h29 para seguir para Charlotte. A conexão deveria partir às 8h15 do mesmo dia, mas na imigração só havia dois funcionários para atender a mais de 300 estrangeiros. Perdi a conexão e tive de ficar quase 11 horas no aeroporto.
A volta ao Brasil estava marcada com saída de Charlotte às 19h27 de 28/12. O primeiro voo foi adiado. Quando cheguei atrasado em Washington, vi que o voo para São Paulo fora cancelado. Remarcado para o dia seguinte às 8h, saiu às 9h50. Ao chegar a São Paulo, soube que a bagagem havia se extraviado nos EUA.
Estou certo de que o acúmulo de passageiros nos aeroportos brasileiros devido à Copa e à Olimpíada vai nos trazer transtornos, mas não temos a exclusividade desse tipo de problema.
Victor Germano Pereira (São Paulo, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos do Consulado-Geral de Israel (São Paulo, SP), do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes (São Paulo, SP), da assessora Sandra Muraki (São Paulo, SP) e da Digital Pages (São Paulo, SP).
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