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Opinião

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Kenneth Maxwell

Kim e Rodman

Kim Jong-un, o jovem líder da Coreia do Norte, vem fazendo barulho. Em fevereiro, os norte-coreanos testaram sua terceira bomba nuclear. Antes, haviam disparado com sucesso um míssil intercontinental.

O Conselho de Segurança da ONU, como resultado de negociações entre os EUA e a China, votou por unanimidade pela condenação do teste nuclear e imposição de novas sanções contra a Coreia do Norte. Isso provocou resposta furiosa de Pyongyang. Kang Pyo-yong, vice-ministro da Defesa da Coreia do Norte, prometeu que "nossos mísseis balísticos intercontinentais estão de prontidão... serão disparados e sua barragem fará de Washington... um mar de fogo".

Uma coisa é certa. A imprevisibilidade é muito maior na península coreana, hoje, com novos líderes dos dois lados da fronteira entre as Coreias. Kim Jong-un herdou a longa ditadura de sua família sobre um país altamente militarizado mas convulsionado por problemas econômicos.

A Coreia do Sul é uma das economias de maior sucesso no mundo e tem uma nova presidente, Park Geun-hye, conservadora e filha do general Park Chung-hee, ditador da Coreia do Sul de 1961 e 1979, a quem se atribui crédito por fazer de seu país um dos "tigres asiáticos" ao promover a industrialização orientada ao mercado exportador.

Os pais de Park foram mortos, a mãe por um assassino japonês a serviço da Coreia do Norte e o pai pelo chefe de seu serviço de inteligência.

Pyongyang decretou a revogação do armistício de 1953. Os EUA, com 28,5 mil soldados estacionados na Coreia do Sul, estão conduzindo exercícios militares com os sul-coreanos.

As bazófias da Coreia do Norte não devem ser subestimadas. Em 2010, disparos de sua artilharia causaram a morte de quatro sul-coreanos, e o país também torpedeou um navio da marinha sul-coreana, matando 46 tripulantes.

Tom Donilon, assessor de segurança nacional de Obama, declarou no começo da semana que "não deve haver dúvida de que recorreremos ao espectro completo de nossas capacidades para proteger aliados contra ameaças da Coreia do Norte e reagir a elas".

A despeito do impasse, porém, Dennis Rodman se encontrou com Kim Jong-un. O astro aposentado do Chicago Bulls esteve na Coreia do Norte com os Harlem Globetrotters e compareceu a um jogo de basquete com Kim Jong-un. Rodman prometeu voltar para passar férias com o ditador norte-coreano, que é louco por basquete.

A "diplomacia do basquete" é certamente melhor que uma guerra. Afinal, a "diplomacia do pingue-pongue" no passado funcionou com a China, que continua a desempenhar papel fundamental quanto à Coreia do Norte.


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