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Opinião

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Nova energia americana

O Brasil deve dar atenção às mudanças na política e na produção de energia dos EUA. Barack Obama anunciou um projeto que tende a acelerar essa transformação.

Desde 2008 ocorre uma reviravolta no mercado de energia americano e uma reorientação do governo a respeito do assunto.

O país tende a depender menos de petróleo -e ainda menos de petróleo importado. Cresce a produção tanto de combustíveis fósseis quanto de energias renováveis. Segue acelerado o programa de pesquisa de tecnologias energéticas.

Assim, diminui o enorme peso dos EUA no mercado mundial de petróleo e gás, o que afetará preços e vantagens relativas de cada país.

A descoberta de novos campos e tecnologias de produção reduziu em 50% a parcela de petróleo importado no consumo americano desde 2008. Quase dobrou a participação de energias alternativas.

O aumento da oferta de combustíveis fósseis, de gás natural em particular, reduziu custos e incentivou a construção de refinarias. A baixa de preços tornou viável o renascimento de indústrias e empregos nos setores de plásticos, pneus, química e alumínio. O primeiro governo Obama dava ênfase a energias renováveis. A expansão do petróleo e do gás, fracassos estrondosos na política de subsídios a energias alternativas e a força da oposição republicana reduziram o ímpeto inovador.

O presidente americano, porém, não se rendeu totalmente. Anunciou um programa de incentivo a pesquisas para desenvolver veículos movidos a eletricidade, biocombustíveis, hidrogênio e gás natural.

No Brasil, desde 2008 não houve expansão na exploração de petróleo. A mudança das leis do setor, devido à descoberta do pré-sal, revelou-se um tiro no pé. A produção de petróleo cresce pouco e a duras penas, dadas as avarias da Petrobras, causadas por políticas erradas do governo, as quais prejudicaram também o setor de álcool.

Os progressos americanos tendem a diminuir a importância econômica do petróleo.

O Brasil pode atrasar-se na pesquisa de biocombustíveis e perder espaço relativo relevante no mercado mundial de energia.

Pode perder, ainda, a oportunidade de transformar o pré-sal e o álcool combustível em propulsores do desenvolvimento e da criação de novos setores econômicos no país, como nas áreas de química, materiais e robótica.

Distraído dos avanços pelo mundo, o Brasil marca passo em áreas críticas do desenvolvimento, como inovação tecnológica, abertura para o mercado mundial e energia.


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