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Lula diz que viagens ao exterior servem para 'vender' o país

Petista afirma que excursões pagas por empreiteiras visam 'vender confiança' e divulgar produtos brasileiros

Ex-presidente diz que reeleger Dilma é prioridade, mesmo que PT precise abrir mão de candidatos em Estados

DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que suas viagens a países da América Latina e da África pagas por empresas privadas servem para "vender" os produtos brasileiros.

"Se alguém tiver um produto brasileiro e tiver vergonha de vender, me dê que eu vendo. Não tenho nenhuma vergonha de continuar fazendo isso. Se for preciso vender carne, linguiça, carvão, faço com maior prazer. Só não me peça para falar mal do Brasil", afirmou Lula, em entrevista ao jornal "Valor Econômico" publicada ontem.

Na semana passada, a Folha revelou que 13 de suas 30 viagens ao exterior depois de sair do cargo foram bancadas por empreiteiras com interesses nos países visitados.

Lula disse viajar para "vender confiança" e que "tem pouca gente com autoridade de ganhar dinheiro" como ele, "em função do governo bem-sucedido" no país.

"Nunca pensei que eu fosse tão bem remunerado para fazer palestra. Sou um debatedor caro", afirmou. "Como é que viaja um Clinton? A serviço de quem? Pago por quem? Fernando Henrique Cardoso? Ou você acha que alguém viaja de graça para fazer palestra para empresários lá fora?", questionou.

Lula aproveitou para criticar FHC. "Fico com pena de ver uma figura de 82 anos como o Fernando Henrique Cardoso viajar falando que o Brasil não vai dar certo."

ELEIÇÃO

Ao comentar a eleição presidencial de 2014, Lula afirmou que a prioridade é a reeleição da presidente Dilma, mesmo que o PT tenha que abrir a mão de candidaturas em Estados como Rio e São Paulo. "Não podemos permitir que a eleição da Dilma corra qualquer risco. Não podemos truncar nossa aliança com o PMDB", disse Lula.

Sobre São Paulo, o petista defendeu a aproximação com o PSD de Gilberto Kassab e o PTB para derrotar o PSDB.

Em relação à possível candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Lula afirmou que não mistura sua "relação de amizade com as divergências políticas".

"Acho muito cedo pra falar da candidatura Eduardo. Ele é um jovem de 40 e poucos anos. Termina seu mandato no governo de Pernambuco muito bem avaliado. Me parece que não tem vontade de ser senador da República nem deputado. O que é que ele vai ser? Possivelmente esteja pensando em ser candidato para ocupar espaço na política brasileira, tão necessitada de novas lideranças."

Ontem, Eduardo Campos se disse "confortado" com as declarações do petista.

Lula afirmou que não pretende voltar a ser candidato, mas que "em política a gente não descarta nada". "Não sei das circunstâncias políticas. Vai saber o que vai acontecer nesse país, vai que de repente eles precisam de um velhinho para fazer as coisas."

O ex-presidente disse que, por "respeito ao Poder Judiciário", só falará o que pensa sobre o mensalão quando não houver mais possibilidades de recursos no processo. Mas afirmou concordar com nota do PT sobre o assunto. A sigla diz ter havido "julgamento político".


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