Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Pastor proíbe público em sessões de comissão

DE BRASÍLIA

Para evitar protestos, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), decidiu proibir o acesso do público às sessões.

A medida foi aprovada em votação simbólica numa reunião apenas com a presença de seus apoiadores, a maioria deputados evangélicos.

Não há prazo para que as reuniões sejam reabertas. Feliciano disse que os encontros estavam sendo tumultuados e que precisa "trabalhar para mostrar a cara da comissão".

Na semana passada, dois manifestantes chegaram a ser detidos pela Polícia Legislativa, um deles por ter chamado o deputado de racista. "Não há ninguém que lamente mais do que eu [o fechamento]. Estou sangrando", disse Feliciano.

O pastor negou que a medida seja para evitar a presença de ativistas de movimentos sociais que o acusam de racismo e homofobia e cobram sua saída. Ele disse que vai liberar o acesso do manifestante que pedir, por carta, autorização para assistir aos debates.

Ontem a sessão já foi realizada a portas fechadas, com acesso liberado para deputados, assessores e jornalistas.

Apesar do acesso restrito, os manifestantes a favor e contra Feliciano permaneceram nos corredores da Casa -os gritos eram ouvidos na sala da reunião. Parte dos manifestantes assistiu à reunião da comissão em um telão instalado em outra sala.

Os líderes da Câmara devem fazer um apelo para que o parlamentar deixe o posto. Feliciano disse que está aberto para ouvir, desde que não peçam para que ele renuncie. Pelo regimento da Casa, o pastor não pode ser destituído.

No fim da sessão houve tumulto entre seguranças e jornalistas que acompanhavam a saída de Feliciano.

Uma repórter da Rádio Nacional diz que foi empurrada por um segurança quando questionava o pastor sobre se era democrático fugir da imprensa. Um manifestante pró-Feliciano foi levado para prestar esclarecimentos após empurrar uma fotógrafa.

Para aumentar a pressão pela saída do pastor da presidência da comissão, nove parlamentares ingressaram com um segundo pedido para que ele seja investigado por quebra de decoro parlamentar.

Eles argumentam que há suspeita de uso irregular de assessores, evolução patrimonial indevida e irregularidades na prestação de contas à Justiça Eleitoral.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página