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Mercadante ganha força como opção no PT

Lula e Dilma veem ministro da Educação como melhor nome para disputa em São Paulo, mas acham cedo para definição

Pesquisas de opinião vão orientar escolha do candidato do partido, que só deverá ser feita no segundo semestre

NATUZA NERY DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem hoje a preferência da cúpula petista para ser o candidato do PT ao governo de São Paulo nas eleições do ano que vem.

A presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, conversaram sobre o cenário no principal colégio eleitoral do país anteontem, numa reunião em São Paulo.

Apesar da preferência, ambos concluíram que não é hora de lançar um candidato para enfrentar o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que será candidato à reeleição.

Petistas que ouviram relatos da reunião disseram à Folha que também participaram do encontro o próprio Mercadante, o presidente do PT, Rui Falcão, e o ex-ministro Antonio Palocci, afastado do governo Dilma em 2011.

Dilma encontra Lula pelo menos uma vez por mês para discutir política. Ela viajou a São Paulo sem agenda oficial.

Em conversas reservadas, Lula tem dito que Mercadante será o candidato do PT se quiser. Em 2010, ele abriu mão de uma eleição considerada certa para o Senado para concorrer ao governo estadual e perdeu para Alckmin.

Na época, Mercadante aceitou candidatar-se para que o partido tivesse condições de garantir um palanque para a campanha de Dilma em São Paulo. Agora, seria a vez do ministro de escolher.

Ontem, após participar de congresso da Associação Paulista de Municípios, Mercadante disse que é cedo para definições. "Não é uma decisão só minha", afirmou. "Agora, a melhor coisa que eu tenho a fazer é cuidar do MEC e evitar debater eleição."

Contra Mercadante, pesa o histórico de derrotas. Ele também foi candidato a governador em 2006, quando um dos coordenadores de sua campanha foi flagrado com dinheiro de origem ilícita que seria usado para comprar um dossiê contra seu adversário, José Serra (PSDB), que venceu a eleição daquele ano.

A amigos Mercadante diz que enfrenta um dilema: deixar o governo para disputar uma eleição que considera difícil, mas não impossível, ou continuar no ministério, num momento em que goza da confiança da presidente e é cotado para uma promoção.

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pode deixar o cargo no ano que vem para candidatar-se ao governo do Paraná. Mercadante é apontado hoje no governo como seu mais provável sucessor.

Aliados de Mercadante afirmam que a pasta poderia ser um trampolim para um salto mais ousado, em que ele repetiria a trajetória percorrida por Dilma e se candidataria à Presidência em 2018.

A escolha do candidato do PT ao governo de São Paulo só deverá ser sacramentada no segundo semestre. O partido vai encomendar pesquisas para orientar a decisão.

Petistas dizem que, se Mercadante não quiser concorrer, o nome mais forte seria o do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele tem a simpatia de Lula, mas sua área é muito mal avaliada pela população nas pesquisas.


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