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Comissão da Verdade tem campanha publicitária

Após críticas, governo faz anúncios para grupo que investiga ditadura

Peças pedem colaboração e serão veiculadas na televisão, em jornais, revistas e na internet por 12 dias

PATRÍCIA BRITTO DE SÃO PAULO

A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) contratou uma campanha publicitária no valor de R$ 4,5 milhões para divulgar as atividades da Comissão Nacional da Verdade.

O valor, pago com recursos da Secom, equivale a 45% do orçamento total previsto para a comissão em 2013, que é de R$ 10 milhões.

Familiares de vítimas da ditadura e ativistas têm criticado a comissão por considerá-la pouco transparente sobre suas atividades e os resultados alcançados até agora.

A campanha começou a ser veiculada anteontem e se estenderá até 17 de maio, um dia após a comissão completar um ano de funcionamento.

Realizado pela agência Nova SB, o plano inclui inserções de 30 segundos em TV aberta e TV por assinatura, além peças publicitárias para sites, jornais e revistas.

De acordo com a Secom, o objetivo é "divulgar a sua atuação e mobilizar a sociedade para que partilhe informações, dados e documentos relativos ao período de 1946 a 1988, de forma a esclarecer circunstâncias sobre este período da história do país".

A agência contratada, segundo a Secom, foi escolhida a partir de seleção interna entre três empresas de publicidade já licitadas pela Secretaria de Comunicação.

O vídeo da campanha mostra pessoas completando as peças de um quebra-cabeças, que forma a fotografia de uma manifestação realizada em 1968, no Rio de Janeiro.

A narradora afirma que a Comissão da Verdade existe para esclarecer violações de direitos humanos de 1946 a 1988 e convida quem tiver informações ou registros do período a contribuir, enviando documentos.

A narração é da atriz Marieta Severo. De acordo com a assessoria da comissão, ela não cobrou pelo trabalho.

COORDENAÇÃO

Na próxima semana, a advogada Rosa Maria Cardoso deverá ser escolhida como nova coordenadora da comissão, em substituição ao ex-ministro Paulo Sérgio Pinheiro, cujo mandato termina dia 16.

Rosa já se manifestou favorável a dar mais transparência e publicidade às descobertas feitas pelo colegiado.

O cargo de coordenador da Comissão da Verdade é rotativo e escolhido entre seus membros, de acordo com o regimento interno do grupo.

A Folha apurou que, entre os integrantes que ainda não ocuparam a coordenação, Rosa foi a única que manifestou esse interesse. Ela conta com o apoio dos demais membros. O mandato dura três meses.

Durante a ditadura, Rosa atuou como advogada de ex-presos políticos, como a presidente Dilma Rousseff.


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