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Deputados federais também têm auxiliar de check-in

(MÁRCIO FALCÃO) GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA

Poucas pessoas não precisam enfrentar filas ou chegar com antecedência para despachar as bagagens e embarcar em um voo. Mas tais vantagens são oferecidas a todos os 513 deputados federais.

Além do Senado, a Câmara mantém cinco funcionários para facilitar as viagens dos deputados, com salários líquidos que variam de R$ 8,7 mil a R$ 11,9 mil mensais.

Os servidores atuam no aeroporto de Brasília, onde a Câmara também mantém uma sala VIP na área de embarque para abrigar os deputados que esperam seus voos. Isso permite que esperem o embarque separadamente dos demais passageiros.

A Folha mostrou na terça-feira passada que o Senado mantém serviço similar, com nove funcionários contratados para fazer check-in e despachar malas dos senadores --com remunerações líquidas de R$ 14 mil a R$ 20 mil.

Só o aluguel das salas VIP custa R$ 142,3 mil por ano ao Congresso. A Câmara paga por mês à Inframérica (consórcio que administra o aeroporto de Brasília) R$ 7.500 por mês por uma sala de 43 m². Supremo Tribunal Federal, Itamaraty e Superior Tribunal de Justiça também alugam salas no aeroporto com as mesmas funções.

A Câmara afirma que o serviço tem o objetivo de dar "suporte e recepção de parlamentares, autoridades e convidados que participam de eventos na instituição", como audiências públicas.

Segundo a assessoria de imprensa da Casa, os servidores são comissionados e trabalham vinculados à diretoria-geral. Segundo relatos de deputados que usam a sala, o espaço tem computadores e local para reuniões reservadas. Além dos congressistas, convidados da instituição têm acesso às facilidades.

O deputado Renato Andrade (PP-MG) defendeu o serviço dizendo que os congressistas têm uma agenda apertada, o que os impede, em diversas ocasiões, de seguir os trâmites normais de embarque: "É uma facilidade para a gente, mas sabemos que isso custa muito para o país".

Andrade disse que essa foi a terceira vez que recorreu aos auxiliares de check-in porque estava atrasado para pegar o voo --depois de participar da posse do novo ministro Guilherme Afif Domingos (Secretaria da Micro e Pequena Empresa): "Sem eles eu teria perdido o voo".

Um dos funcionários, que não quis revelar o nome, disse que está há mais de 30 anos nessa função. Ele afirmou que o serviço foi criado para evitar confusões com deputados que chegavam atrasados e queriam furar filas.


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