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Comissão questiona dupla função de Afif
Presidente de colegiado de ética pública da Presidência, a princípio, diz não ver problema em acúmulo de cargos
Vice de Alckmin e ministro de Dilma é perguntado sobre o que fará quando o governador sair do país
A Comissão de Ética Pública da Presidência pediu ontem informações ao vice-governador e ministro, Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa), por causa do acúmulo de cargos.
O presidente da comissão, Américo Lacombe, afirmou, contudo, que o colegiado não vê problemas na dupla função, desde que o ministro esclareça o que fará caso o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se ausente do país.
"Mandamos um ofício para que ele explique se renunciou aos vencimentos de um dos cargos. Eu sei que ele renunciou, mas quero por escrito. Depois, se mantém gabinete de vice-governador e se abriu mão das prerrogativas decorrentes desse cargo. E, segundo, o que ele fará se houver vacância do cargo de governador ou impedimento temporário", disse Lacombe.
Ao tomar posse na Secretaria da Micro e Pequena Empresa, no início do mês, Afif se esforçou para minimizar o caso e afirmou que só deixará o cargo de vice "por decisão judicial". Segundo aliados, Afif sugeriu ao tucano que os dois deixem o país juntos para evitar transtornos.
A comissão abriu ainda procedimento para investigar o ministro Marcelo Crivella (Pesca), acusado de cooptar sindicalistas.
