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Para Lula, pacto acrescenta pouco a Marina

Ex-presidente afirma a dirigentes do PT que ingresso da ex-senadora no PSB traz benefício maior a Eduardo Campos

Em encontro com deputados, Dilma mostra preocupação com potencial de fundadora da Rede

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem a aliados que a filiação de Marina Silva ao PSB "engrandece" o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, mas "acrescenta pouco" a ela.

Lula acredita que "ainda é cedo" para fazer uma avaliação sobre o impacto que a dupla terá no quadro sucessório de 2014.

Ele não deixa de observar, porém, que se surpreendeu com o fato de Marina abrir mão do capital político que a colocava em segundo lugar nas pesquisas para ser vice de um candidato que tem menos de 10%.

No último Datafolha, divulgado em agosto, a ex-senadora aparece com 26%, enquanto Eduardo Campos tem 8%.

O ex-presidente se reuniu ontem com aliados por mais de cinco horas em um hotel na zona sul da capital paulista. O encontro, agendado há dez dias pelo Instituto Lula, tinha como objetivo discutir a conjuntura econômica do Brasil.

Para isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi convidado a fazer uma apresentação em que privilegiou a descrição das concessões do setor de infraestrutura.

O clima mais descontraído permitiu comentários irônicos sobre Marina estar no mesmo partido do ex-senador Heráclito Fortes e do secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Catarina, Paulo Bornhausen. Além disso, o partido conta com o apoio do deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Os três divergem de várias teses políticas históricas da ex-senadora e foram atraídos ao PSB por Campos.

Na saída do encontro, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), disse que, com a decisão de Marina, a campanha não será em torno "da memória dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula", mas de uma "disputa sobre o futuro".

DILMA

Em reunião com líderes aliados na Câmara, ontem, a presidente Dilma Rousseff discordou da análise de deputados acerca do efeito político do ingresso de Marina Silva no PSB.

Segundo a Folha apurou, diante da avaliação da maioria dos governistas de que "quem perde agora é Marina", Dilma ponderou, de acordo com participantes: "Não dá para desconsiderar [a Marina]. Ela não é qualquer pessoa".

Já o presidente nacional do PT, Rui Falcão evitou comentar a aliança. "Não sou comentarista político, é cedo para avaliar", disse Falcão após encontro com a bancada do PT no Senado.

Ele indicou que o partido vai esperar resultado de pesquisas para se manifestar e afirmou que a estratégia do partido é a mesma: "Continua sendo eleger Dilma e fortalecer a bancada".


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