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Caetano defende intimidade de biografado

Compositor critica a Folha e o tratamento 'despropositado' dado ao debate sobre biografias não autorizadas

Cantor se manifesta pela primeira vez sobre o caso em sua coluna em 'O Globo' e defende ex-mulher e empresária

DO RIO

Na primeira manifestação pública desde o início da polêmica sobre a publicação de biografias não autorizadas, o cantor e compositor Caetano Veloso, em sua coluna dominical no jornal "O Globo", diz que a imprensa trata o tema de modo "despropositado" e defende a posição dos artistas que lutam pela autorização prévia para livros do gênero.

"Censor, eu? Nem morta!", escreve Caetano, para quem "no cabo de guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco".

O cantor afirma ser a favor de biografias não autorizadas de figuras como José Sarney ou Roberto Marinho. Mas cita "o sofrimento de Gloria Perez" e o "perigo de proliferação de escândalos" como justificativas para uma atenção maior ao direito de privacidade.

Guilherme de Pádua, assassino de Daniela Perez, filha de Gloria, escreveu livro enquanto estava na cadeia chamado "A História Que o Brasil Desconhece". Ela recorreu à Justiça para impedir a circulação.

Caetano defende uma espécie de caminho do meio e chega a citar fala sua de 2007 na qual se coloca claramente contra a exigência de autorização prévia dos biografados.

"Tenho dito a meus amigos que os autores de biografias não podem ser desrespeitados em seus direitos de informar e enriquecer a imagem que podemos ter da nossa sociedade. Pesquisam, trabalham e ganham bem menos do que nós (mas não nos esqueçamos das possibilidades do audiovisual)", escreve.

O cantor sai em defesa da ex-mulher e empresária Paula Lavigne, porta-voz do grupo Procure Saber, formado por cantores como o próprio Caetano, Roberto Carlos, Chico Buarque e Gilberto Gil, que são contra comercialização de biografias não autorizadas.

Ele escreve: "Repórter da Folha' cita trechos de algo dito por Lavigne em outro contexto para responder a sua carta de leitor". O jornal mantém as informações e o contexto em que foram publicadas.

E completa: "Logo a Folha', que processou, por parodiá-la, o blog Falha de S.Paulo". Caetano se refere à ação movida pela Folha contra o blog "Falha de S.Paulo", por violação da propriedade da sua marca --e não por parodiar o jornal.


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