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O Estado da Federação - Espírito Santo

Governo amplia receitas, mas indicadores do ensino pioram

Secretário da Educação diz que amostra do Ideb pode ter distorcido resultado

Na área de segurança, governo festeja queda de 14% nos homicídios, mas taxa ainda é maior que a média do país

FREDERICO GOULART COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA

Em quase três anos de gestão no Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) comandou uma máquina que fez crescer receita, investimento, dívida e gastos com pessoal --este a níveis de alerta. A educação, porém, uma de suas bandeiras de campanha, apresentou índices e resultados negativos.

A fatia da receita destinada à área no período caiu de 29,7% para 25,3%, beirando o limite mínimo legal de 25%.

No último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), de 2011, a nota capixaba (3,6) ficou abaixo da média nacional (3,7) e sofreu queda em relação a 2009, quando alcançou 3,8. Passou longe da meta fixada em 5,6.

O secretário da Educação, Klinger Barbosa, minimizou os números: "É oscilação natural de orçamento. Nossos investimentos se concentraram no segundo semestre neste ano. Até dezembro voltaremos à média de 28,5%".

Sobre o Ideb, ele diz que a amostragem do exame pode ter distorcido o resultado.

Na segurança, os números são mais animadores. Eleito com o desafio de retirar o ES do posto de segundo Estado mais violento do país, atrás só de Alagoas, Casagrande festaja a redução de 14% na taxa de homicídios --ainda superior à média nacional.

O governo atribui a queda ao programa Estado Presente, que concentra investimentos sociais em 30 regiões mais suscetíveis à criminalidade.

A oposição aponta tom eleitoreiro na gestão: "É um governo lento. Assina ordem de serviço e vive fazendo propaganda, mas não há transformação", afirmou o deputado Euclério Sampaio (PDT).

Casagrande, como toda a classe política, sofreu os efeitos dos protestos de junho. Segundo governador mais votado em 2010, com 82,3% dos votos, contava com aprovação de 29% em julho.

E para buscar reeleição em 2014 o governador terá de recompor a relação com o PT, sigla do vice, abalada pela saída do PSB do governo Dilma. Sofre outras rachaduras em sua base: o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e o senador Ricardo Ferraço (PMDB) podem concorrer.


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