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Valério sai de BH para tentar prisão 'segura'

Condenado a 40 anos pelo mensalão, empresário teme violência de outros presidiários

DE BELO HORIZONTE

Condenado a mais de 40 anos de prisão no julgamento do mensalão, o empresário Marcos Valério de Souza mudou seu título de eleitor de Belo Horizonte para Caetanópolis (MG), numa estratégia para cumprir a pena em um presídio supostamente menos perigoso e violento.

Valério adotou como endereço a fazenda que diz ter arrendado em 2007. A propriedade fica a 120 km de Belo Horizonte e a 40 km de Sete Lagoas, onde está o presídio Promotor José Costa.

A escolha do presídio, contudo, não é do preso, mas da Justiça e do governo mineiro. Um dos critérios considerados para definir o local é o domicílio do condenado.

Valério sempre teve medo de cumprir pena em um presídio com detentos considerados mais violentos. Ele já vinha manifestando este temor aos amigos desde que passou três meses preso, entre 2008 e 2009, no presídio de Tremembé, em São Paulo.

O empresário relatou ter sido espancado por presos, que queriam extorqui-lo, pois era considerado famoso e rico.

Considerado o operador do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Valério foi condenado por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A intenção de Valério de não querer ir para o presídio Nelson Hungria, em Contagem (região metropolitana de BH), foi revelada ontem pelo jornal "O Globo".

O advogado Marcelo Leonardo, que trabalha para Valério, não confirma essa intenção nem a informação, também do jornal, de que Valério estaria vivendo com uma moça de Sete Lagoas de 21 anos, união firmada por meio de um "contrato de gaveta".

A presença de familiares na cidade também poderia influenciar a Justiça na escolha do presídio.

Valério, no entanto, continua oficialmente casado com Renilda Fernandes.

O advogado disse à Folha que não fala sobre a vida particular de seus clientes.


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