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Críticos do Bolsa Família governam 'de costas para o povo', diz presidente

No ato que marcou 10 anos do programa social, Dilma fala em ódio e obscurantismo de opositores

Ao final do evento, Lula cobrou ministros que cuidam do Orçamento: 'parem de regatear dinheiro para os pobres'

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usaram ontem o evento de comemoração dos dez anos do Bolsa Família, em Brasília, para atacar a oposição e a imprensa e para rebater as críticas de que o programa não tem uma "porta de saída".

Sob o mote "o fim da miséria é só o começo", patrocinado pelo marqueteiro João Santana, Dilma e Lula reuniram governadores, prefeitos, congressistas e ministros em ato que teve como mestre de cerimônias o ator Paulo Betti, simpatizante do PT.

"Ninguém que governou de costas para o povo tem legitimidade para atacar o combate à desigualdade que fizemos", discursou Dilma, que citou Lula 11 vezes.

Em uma dessas menções, ela, que militou em grupos que defendiam a luta armada na ditadura (1964-85), afirmou ter aprendido com o ex-presidente que as verdadeiras transformações não se dão pela violência. "A minha geração chegou a acreditar que só era possível fazer transformações com armas na mão. Com o senhor, muitos da minha geração, que tiveram oportunidade, aprendemos que a verdadeira transformação é feita unindo nossas mãos."

O Bolsa Família é o carro-chefe dos governos petistas e, ao custo de R$ 21,4 bilhões neste ano, beneficia 50 milhões de pessoas de baixa renda, estrato onde Dilma atinge maior intenção de voto em 2014, segundo o Datafolha (50% contra 42% na população em geral).

"O Bolsa Família não é esmola, não é caridade [...], nós sabemos que o ódio dos críticos do Bolsa Família é um ódio anacrônico, é posição antiga e obscurantista", disse ela, acrescentando: "Para conseguirmos fazer transferência de renda direta, na veia, bem na veia dos mais pobres, nós, primeiro, unificamos todas as ações do Estado e varremos as políticas clientelistas centenárias no nosso país".

As origens do Bolsa família remontam a 1995, quando quase simultaneamente o governo petista do Distrito Federal e a Prefeitura de Campinas, do PSDB, lançavam iniciativas pioneiras. Em 2001, o tucano Fernando Henrique Cardoso criou o Bolsa Escola federal e o Bolsa Alimentação.

Mas foi a administração petista que deu ao programa uma escala antes inimaginável: em 2002, a gestão tucana gastava R$ 3,2 bilhões em valores atualizados; o Bolsa Família desembolsará R$ 21,4 bilhões neste ano.

No ato de ontem, Dilma e Lula procuraram rebater os tucanos que reivindicam o pioneirismo das ações que resultaram no programa.

Enfatizaram que o programa é só o começo da emancipação. "Sabemos que o Bolsa Família nunca veio para ser o fim do caminho, mas sim uma ponte; nunca veio para ser o topo da escada, mas o primeiro degrau", disse Dilma.

Em sua fala, antes da de Dilma, Lula concentrou ataques a adversários, jornalistas e especialistas que, segundo ele, menosprezaram o programa em seu início.

O ex-presidente disse que muita gente está incomodada porque os pobres estão evoluindo e, direcionando sua fala diretamente aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento), responsáveis pelo Orçamento da União, arrematou: "Parem de regatear dinheiro para os pobres!".


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