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Lula aposta em eleição interna do PT para garantir coalizão de Dilma

Com apoio do ex-presidente, deputado Rui Falcão deve ser reconduzido à presidência da sigla

Aliança ampla em 2014 defendida pela dupla virou alvo de críticas de rivais, que chamam PMDB de 'sabotador'

MARINA DIAS DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

Principal articulador da recondução do deputado estadual Rui Falcão (SP) à presidência nacional do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta na eleição interna do partido para isolar as alas petistas que criticam as alianças feitas pelo partido para sustentar a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição em 2014.

Desde o início de outubro, quando a ex-senadora Marina Silva se filiou ao PSB de Eduardo Campos, Lula orientou o PT a acelerar a formação de alianças regionais e isolar o governador de Pernambuco no Estados, como informou a Folha. O ex-presidente acionou Falcão, que se reuniu nas últimas semanas com líderes de PMDB, PC do B, PR, PTB, PP, Pros e PDT.

O governo de coalizão defendido por Lula é a principal crítica dos outros cinco candidatos que disputarão a presidência do PT contra Falcão no próximo dia 10 de novembro, quando a sigla realiza o chamado PED (Processo de Eleições Diretas).

Candidato da corrente Articulação de Esquerda, que representa cerca de 8% do partido, o secretário-executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, defende a qualificação das alianças.

A opinião é compartilhada pelo secretário-geral do PT, deputado federal Paulo Teixeira (SP), que encabeça a chapa "Mensagem ao Partido", dona de cerca de 17% dos votos petistas.

Segundo Pomar, é necessário discutir o programa de governo e fechar alianças com partidos que concordem com os ideais petistas.

"A política de aliança atual não está servindo. Para conseguir um segundo mandato Dilma superior ao primeiro, precisamos mudar a política que segue a lógica da governabilidade", afirma.

A participação atuante de Lula durante todo o processo do PED incomodou os candidatos de oposição a Falcão. O ex-presidente nomeou o diretor do Instituto Lula, Luiz Dulci, como um dos coordenador da campanha e foi pessoalmente ao lançamento da campanha de Falcão.

"Lula sempre procurou preservar sua condição de liderança histórica no PT, mas agora resolveu entrar em bola dividida", afirma Markus Sokol, que encabeça a corrente O Trabalho e também disputa a direção nacional.

De acordo com os candidatos que fazem oposição a Rui, Lula assume postura "contraditória" quando defende a renovação da política e do PT em discursos públicos, mas defende a manutenção da direção petista e da política que deve ser adotada na campanha que busca a reeleição de Dilma em 2014.


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