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Embraer é investigada por suspeita de propina

Jornal americano diz que pagamento foi feito para obter contrato na República Dominicana

DE SÃO PAULO

Autoridades americanas e brasileiras estariam investigando a Embraer por possível pagamento de propina a um membro do governo da República Dominicana em troca de um contrato de US$ 90 milhões, segundo o jornal "Wall Street Journal".

De acordo com a reportagem, a empresa brasileira teria pago US$ 3,4 milhões para subornar uma autoridade do país caribenho. Com isso, teria ganhado uma concorrência para a venda de oito Super Tucanos às forças aéreas dominicanas.

O caso seria parte de uma investigação iniciada em 2010 por possível violação de uma lei americana que prevê punições a filiais de multinacionais ou empresas negociadas no mercado acionário dos EUA por atos de corrupção.

A Embraer já havia comunicado ao mercado, em 2011, que era alvo de uma investigação de autoridades americanas por corrupção.

Em nota divulgada após a publicação da reportagem do "WSJ", a empresa reiterou essa informação: "A Embraer divulga, desde 2011, a existência de um processo interno de investigação relativo a certas operações comerciais ocorridas fora do Brasil".

A companhia afirmou ainda que vem cooperando com as autoridades, mas disse não poder se pronunciar sobre o assunto. "A referida investigação é realizada em caráter de sigilo, de modo que não é permitido à empresa se pronunciar a respeito." O comunicado não deixa claro se a história trazida pelo jornal faz parte dessa mesma investigação. Segundo o "WSJ", trata-se do mesmo caso.

O jornal diz que teve acesso a uma troca de documentos entre os governos americano e brasileiro. Segundo a reportagem, a primeira conversa entre representantes dos dois países teria ocorrido em março de 2012 durante uma conferência internacional anticorrupção em Paris.

O governo brasileiro teria enviado, no início deste ano, uma solicitação de evidências sobre o caso. Em resposta, o governo dos EUA teria fornecido detalhes, incluindo e-mails e extratos bancários, dos indícios de que o pagamento de propina ocorreu.

O "WSJ" afirma que a Embraer contratou o escritório de advocacia Baker & Mckenzie LLP para conduzir uma investigação interna desde que foi abordada pela SEC, órgão equivalente à CVM nos EUA, a respeito do assunto em setembro de 2010.


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