Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Outro Lado

Presidência diz que ações protegeram interesse nacional

Planalto caracteriza operações da Abin como de contrainteligência e diz que vazamento de documentos é crime

DO ENVIADO A BRASÍLIA

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República reconheceu que as operações descritas no relatório obtido pela Folha ocorreram e afirmou que elas foram executadas de acordo com a legislação brasileira.

O GSI, ao qual está subordinada a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), caracterizou as ações como "operações de contrainteligência".

Ou seja, todas as ações realizadas pelo serviço secreto e descritas no documento obtido pela reportagem foram motivadas por suspeitas ou evidências de que outros países espionavam o Brasil.

"As operações citadas obedeceram à legislação brasileira de proteção dos interesses nacionais", afirmou o gabinete, por meio de nota.

A Folha informou ao Palácio do Planalto e aos órgãos de inteligência do governo, durante a apuração desta reportagem, que não iria disponibilizar cópias do documento porque isso poderia quebrar a garantia constitucional do sigilo da fonte, expondo a origem da informação.

Por e-mail, foram enviados trechos dos documentos que aparecem nas ilustrações da reportagem na página A4.

"Como a Folha preferiu não enviar cópias dos documentos obtidos, o GSI não pode validar a sua autenticidade", diz a nota do Planalto.

O GSI afirmou ainda que o vazamento de documentos classificados como secretos é crime: "Respeitando os preceitos constitucionais de liberdade de imprensa, o GSI ressalta que o vazamento de relatórios classificados como secretos constitui crime e que os responsáveis serão processados na forma da lei".

A nota descarta a possibilidade de que tenham ocorrido irregularidades nas operações da Abin, afirmando que "a determinação do governo sobre as atividades de inteligência é de absoluto cumprimento à legislação".

"Eventuais infrações são passíveis de sanções administrativas, abertura de investigação e punições na forma da lei", diz a nota. "A Abin desenvolve atividades de inteligência voltadas para a defesa do Estado Democrático de Direito, da sociedade e da soberania nacional, em restrita observância aos preceitos constitucionais e aos direitos e as garantias individuais".

Na semana passada, a Folha procurou o general José Elito Carvalho Siqueira, chefe do GSI, e o diretor-geral da Abin, Wilson Roberto Trezza, mas eles não quiseram comentar o relatório, alegando tratar-se de assunto sigiloso.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página