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Com aval de Dilma, dois partidos criam bloco na Câmara

PP e Pros querem ganhar poder de barganha em votações e mais espaço no governo federal com união das bancadas

Cid Gomes, do Pros, diz que aliança PSB-Rede decorreu de uma 'noite mal dormida' e que Campos deve desistir

DE BRASÍLIA

Com a bênção do Palácio do Planalto, do PT e do PMDB, o PP (Partido Progressista) e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social) anunciaram ontem a formação de um bloco na Câmara dos Deputados com 57 parlamentares.

A união das siglas tem dois objetivos: aumentar o poder de negociação na Câmara (será a terceira bancada, atrás só de PT e de PMDB) e elevar o cacife para negociar maior participação no governo.

Embora ainda não tenham anunciado oficialmente o apoio à reeleição de Dilma Rousseff, ficou clara essa inclinação no ato em uma das salas das comissões da Câmara, que reuniu políticos dos dois partidos --entre eles o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que se sentou na primeira fila--, do PT e do PMDB, além da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).

Rompido com o PSB de Eduardo Campos (PE) e recém-filiado ao Pros, o governador Cid Gomes (CE) também esteve no evento e, na saída, afirmou que a formação do bloco é um claro indicativo de que as duas legendas caminham para apoiar a reeleição da petista.

"Nosso ingresso no Pros se deu sob a premissa de que sua posição é de apoio à presidenta Dilma. E a tendência do PP é se coligar com o arco de forças que deve apoiar a reeleição da presidenta", disse.

Cid criticou a aliança do governador Eduardo Campos (PSB) com a ex-senadora Marina Silva: "No PSB, a despeito de ser colocado como o grande lance dos últimos anos, que parecia uma jogada de mestre, acho que [a aliança Marina-Campos] foi uma decisão impensada de uma noite mal dormida. É uma soma negativa, a Marina não transfere o que tem para o Eduardo, e vice-versa." Ele acha que, no ano que vem, a cabeça de chapa será Marina.

Cid disse ainda que não sabe se o senador Aécio Neves será de fato candidato a presidente pelo PSDB: "O [José] Serra tem muito instinto, muito faro, e está sentindo uma insegurança no Aécio".

Em sua fala, Ideli destacou que PP e Pros nunca faltaram ao governo na "corresponsabilidade de fazer com que esse país desse certo". Além de Ideli, foram ao ato o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o líder do PT, José Guimarães (CE).

Apesar de parlamentares do PP reclamarem de que o partido está sub-representado no governo (controla a pasta das Cidades), os discursos foram na linha de que o bloco não visa pressionar o governo por mais cargos.

De acordo com o líder da bancada do Pros, Givaldo Carimbão (AL), Dilma convidou a legenda a participar do governo, mas isso não foi motivado pela formação do bloco: "Isso pra nós, do Pros, é menor".


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