Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ilustrada - em cima da hora

Escritor Antônio Torres é eleito 'imortal'

Baiano de 73 anos ocupará a cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras, que pertenceu a Machado de Assis

Vencedor do Jabuti com 'Pelo Fundo da Agulha', autor já publicou um livro de contos, um de memórias e 11 romances

DO RIO

O romancista baiano Antônio Torres, 73, foi eleito ontem o novo ocupante da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras. O autor recebeu 34 dos 36 votos registrados. Vinte acadêmicos compareceram à eleição e outros 16 enviaram seus votos por cartas. Houve três abstenções.

Torres assume a vaga deixada pelo jornalista e musicólogo Luiz Paulo Horta, que morreu em agosto passado.

Vai herdar a cadeira que pertenceu a Machado de Assis, primeiro presidente da ABL, e tem como patrono José de Alencar.

"É uma responsabilidade", disse Torres à Folha, sobre sua eleição para o lugar já ocupado por Machado de Assis. Completou: "Foi uma eleição tão bonita. Transcorreu em clima amigo, cordial. Estou muito feliz. Fizeram uma velha criança sorrir."

Antes de Luiz Paulo Horta, a cadeira 23 já pertenceu a Zélia Gattai, Jorge Amado, Otávio Mangabeira, Alfredo Pujol e Lafayette Rodrigues Pereira.

Disputando pela terceira vez uma vaga na academia, Torres se disse surpreso com a votação expressiva recebida. Ele já havia concorrido em 2008, quando Horta foi eleito, e em 2011, na ocasião em que o jornalista Merval Pereira foi eleito. Desta vez, derrotou cinco concorrentes.

Nascido em Sátiro Dias, Torres começou a carreira como repórter do "Jornal da Bahia", em Salvador. Aos 20 se mudou para São Paulo, onde trabalhou no "Última Hora".

Escreveu seu primeiro romance, "Um Cão Uivando para a Lua", aos 32 anos.

Depois, publicou "Os Homens dos Pés Redondos" (1973) e "Essa Terra" (1976).

Sua obra inclui 11 romances, um livro de contos, o infantil "Minu, o Gato Azul" (2007) e "Sobre Pessoas" (2007), que reúne crônicas, perfis e memórias.

Em 2000, Torres já havia sido lembrado pela Academia Brasileira de Letras, ao ganhar o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página