Folha de S.Paulo

Na trilha do cartel

COMO TUDO COMEÇOU
Como a Folha revelou em julho, a Siemens fez um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em maio informando que participou com outras empresas de cartéis para fraudar licitações em SP e no DF

CASO ALSTOM
A multinacional francesa Alstom, também acusada de integrar o cartel, é suspeita de recorrer a lobistas e pagar propina a funcionários públicos para obter contratos nas áreas de energia e transporte

BLOQUEIO DE BENS
Ontem, a Justiça mandou bloquear recursos de ex-diretores da CPTM e de empresas investigadas por envolvimento no cartel e suspeita de pagamento de propina

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ARTHUR GOMES TEIXEIRA
Dono de empresas de consultoria, recebeu US$ 45 milhões da Alstom entre 2000 e 2007. Documentos indicam que a atuação dele foi decisiva para que a companhia conseguisse contratos em SP

VALOR BLOQUEADO
R$ 9,74 mi

PROCINT
(empresa de consultoria de Arthur)
Valor bloqueado: R$ 19,5 milhões

CONSTECH
(empresa de consultoria de Sergio Teixeira, parceiro de Arthur)
Valor bloqueado: R$ 19,5 milhões

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JOÃO ROBERTO ZANIBONI
Ex-diretor da CPTM (1999-2003), é acusado pela Suíça de ter recebido US$ 836 mil em propinas para contratar a Alstom. Ele diz que prestou serviços de consultoria antes de entrar na CPTM

VALOR BLOQUEADO
R$ 2,98 mi

MILENA ZANIBONI (filha)
Valor bloqueado: R$ 1,93 milhão

OLIVER HOSSEPIAN SALLES DE LIMA (ex-diretor-presidente da CPTM)
Valor bloqueado: R$ 27,2 mil

ADEMIR VENANCIO DE ARAÚJO (ex-diretor de engenharia da cptm)
Valor bloqueado: R$ 1,05 milhão

FOCCO TECNOLOGIA E ENGENHARIA (empresa de consultoria de Zaniboni e Araújo)
Valor bloqueado: R$ 2,09 milhões

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VALOR TOTAL BLOQUEADO PELA JUSTIÇA FEDERAL
R$ 57 milhões