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Quatro vão disputar presidência do TJ paulista

Favorito, o presidente do Tribunal foi impedido de disputar a reeleição

Os concorrentes Saletti, Nalini, Mascaretti e Álvares irão debater o estilo 'revolucionário' da atual administração

FREDERICO VASCONCELOS DE SÃO PAULO

Com o impedimento do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ivan Sartori, de disputar a reeleição, quatro desembargadores resolveram concorrer: João Carlos Saletti, José Renato Nalini, Paulo Dimas de Bellis Mascaretti e Vanderci Álvares.

Saletti preside a 10ª Turma de Direito Privado e presidiu o então 2º Tribunal de Alçada. Nalini é o atual corregedor-geral da Justiça, o terceiro na hierarquia do TJ. Mascaretti foi presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados). Álvares coordena o Grupo de Apoio ao Judiciário, dedicado à mediação.

Nalini e Mascaretti têm maior visibilidade. A atuação de Nalini na corregedoria permitiu contato direto com a base da magistratura. Ele fez um trabalho discreto internamente e uma eficiente ponte com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Ontem, tão logo confirmado o impedimento de Sartori, Nalini enviou mensagem aos magistrados prometendo visitar gabinetes e apresentar pessoalmente suas propostas.

"Pretendo continuar a dinâmica diretriz da gestão ora em curso, consolidar, aprofundar e multiplicar as iniciativas", diz Nalini.

Na Apamagis, Mascaretti liderou manifestações contra Eliana Calmon, então corregedora nacional de Justiça, muito criticada por dizer que havia "bandidos de toga". Segue forte a insatisfação de juízes paulistas com o CNJ.

"Temos que fazer investimentos para melhorar a prestação jurisdicional, tornar o TJ mais ágil e mais célere, capacitando o servidor", disse.

O estilo Sartori, considerado "revolucionário", deverá ser referência para as promessas dos quatro candidatos.

Sartori administrou um tribunal tradicionalmente fechado mantendo contato diário com juízes e servidores pelo Facebook e por e-mail.

Critica-se Sartori por ter priorizado, na segunda metade da gestão, o uso de recursos para atender reivindicações de servidores, e não para modernizar o tribunal. Ele estaria de olho na reeleição.

A liminar concedida terça à noite pelo conselheiro Fabiano Silveira, do CNJ, frustrou o plano de Sartori, que deixara para fazer sua inscrição no último dia do prazo.

"As respostas que solicitamos a respeito das eleições no TJ-SP só nos chegaram 15 dias depois do nosso pedido", afirmou o conselheiro do CNJ.

Sartori sabia que o projeto de reeleição não tinha a unanimidade dos pares no Órgão Especial, mas contava com cerca de 90% de apoio entre juízes de primeira instância. Sua gestão é aprovada pela maioria dos servidores.

Para alguns, Sartori trabalhava com a ideia do fato consumado. Se confirmasse antes a participação na disputa, o Supremo Tribunal Federal poderia antecipar o julgamento do mérito do mandado de segurança impetrado pela Procuradoria-Geral do Estado. Ou seja, havia o risco de o plenário restabelecer o veto do CNJ contra a reeleição, por violar a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman).


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