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Polícia minimiza infiltração de traficantes nas manifestações
Martha Rocha diz que houve apenas um relato nesse sentido
A possível infiltração de traficantes do Comando Vermelho e de milicianos nos protestos que aconteceram no Rio "é apenas um relato", na avaliação da chefe da Polícia Civil estadual, Martha Rocha.
Em depoimento à polícia, o traficante Rodrigo Prudêncio Barbosa, preso em Bangu 9, disse que a facção criminosa determinou a infiltração nos protestos. A informação consta de dois inquéritos que apuram atos de vandalismo praticados por grupos de mascarados. "O depoimento foi compartilhado entre delegacias, e as unidades estão averiguando a veracidade desse depoimento. Até o momento é um relato, um depoimento", afirma a chefe de Polícia.
A infiltração de traficantes foi mencionada por Barbosa em conversa gravada com policiais civis, promotores e representantes da Secretaria de Administração Penitenciária.
"Há esse projeto de parar o Rio. Vai ter estudante viciado, então, o que nós fazemos? Vai ter nosso povo para se enturmar junto com os playboy [sic] viciado dentro da passeata", disse o criminoso.
Outra informação em investigação pela polícia, ainda não confirmada, é que milicianos teriam cedido vans para transportar pessoas para as passeatas. O plano seria uma retaliação às ações da prefeitura da cidade contra o transporte alternativo na zona oeste da cidade.
Os grupos levados pelos milicianos teriam a incumbência de depredar equipamentos públicos e agredir pessoas. A Polícia Civil também apura a vinda de manifestantes de outros Estados do país para o protesto de 15 de outubro. Na ocasião, 190 pessoas foram detidas em meio a atos de vandalismo e depredação.