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Dirceu vai se apresentar, diz advogado

Defensor afirma que ex-ministro irá até as autoridades sem alarde assim que mandado de prisão for expedido pelo STF

Se prisões de SP não tiverem vaga no regime semiaberto, petista pode pedir prisão domiciliar, diz defensor

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

O ex-ministro José Dirceu deve se apresentar à polícia discretamente após o Supremo Tribunal Federal expedir seu mandado de prisão, segundo o advogado do petista, José Luís de Oliveira Lima.

Dirceu está "sereno" e pretende permanecer em sua casa em Vinhedo (SP) ao longo do final de semana na companhia das duas filhas, segundo amigos que conversaram com ele por telefone.

O advogado disse que pretende levar o ex-ministro às autoridades sem alarde. "Eu sou um advogado discreto e considero meu cliente também discreto", afirmou Lima ontem em entrevista coletiva.

O ex-ministro foi condenado a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, mas ainda recorre da pena relativa ao último crime. Por isso, deve começar a cumprir pena em regime semiaberto.

Se não houver vaga no semiaberto em prisões de São Paulo, o advogado diz que Dirceu pode pedir para cumprir a pena em regime domiciliar enquanto espera o julgamento de seu recurso.

"O juiz pode entender que, na ausência de vaga no semiaberto, ele possa cumprir [pena] no regime domiciliar. Em outros casos, pode entender que deve colocá-lo no regime fechado. É controvertida essa questão porque o sentenciado não pode ter uma pena majorada pela deficiência do Estado", disse.

O advogado voltou a afirmar que vai pedir a revisão criminal do julgamento do "mensalão" no STF. "Todos os recursos judiciais cabíveis serão propostos", disse.

RETORNO APRESSADO

Depois de passar três dias na Bahia descansando com a família, Dirceu retornou para São Paulo na madrugada de ontem num jatinho particular já que, após a decisão do STF, havia a possibilidade de ele ser preso ainda ontem.

De acordo com o relato de um amigo, Dirceu assistiu à sessão do Supremo na tarde de ontem e ficou "surpreso" ao ver que não houve definição sobre o início do cumprimento das penas.

Ele chegou a cogitar a divulgação de uma nota em seu blog ontem, mas foi demovido da ideia pelo advogado por questões de "estratégia", já que não houve um pronunciamento oficial do STF sobre a prisão.


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