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Após périplo aéreo, presos são levados para cadeia no DF

Os onze condenados do mensalão que já cumprem pena estão no Complexo Penitenciário da Papuda

Avião da PF passou por São Paulo e Belo Horizonte antes de chegar a Brasília; detenção foi confusa

DE BRASÍLIA

Depois de um périplo aéreo, os onze condenados no julgamento do mensalão que já começaram a cumprir pena foram levados ontem à noite ao Complexo Penitenciário da Papuda, no DF.

Eles devem permanecer em diferentes unidades do complexo até que a Justiça decida o local definitivo onde ficarão presos. Os primeiros pedidos dos advogados para enviá-los a seus Estados devem começar a chegar entre hoje e amanhã ao STF.

Ontem, a Polícia Federal buscou de avião em São Paulo o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente petista José Genoino com um jato ERJ 145-LR. De lá, o avião foi a Belo Horizonte, onde recolheu o operador do mensalão, Marcos Valério de Souza, e outros seis condenados.

Ninguém foi algemado, seguindo decisão do Supremo que só determina a medida em caso de risco de violência.

O avião chegou a Brasília às 17h45. Os nove presos foram enviados à Papuda duas horas depois. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e Jacinto Lamas, do extinto PL, já estavam no DF e seguiram para a Papuda mais tarde.

A detenção ontem foi confusa e marcada por desentendimentos entre polícia e instâncias da Justiça.

A PF queria que os presos fossem à penitenciária da Papuda, que é isolada de Brasília, para evitar confusão na frente de sua sede Regional --que fica dentro da capital.

Só que a Vara de Execuções Penais do DF, designada pelo Supremo para cuidar dos presos, não recebeu a chamada carta de sentença com orientações sobre como proceder com cada um dos condenados.

O juiz da vara, Ademar Silva Vasconcelos, queixou-se de não ter recebido o documento do relator do caso, o presidente do STF, Joaquim Barbosa. O ministro não se manifestou ontem.

A PF pressionou para enviar os detidos à cadeia, até porque só possui duas celas e quatro camas em sua superintendência local.

Além disso, durante o dia todo de ontem, um carro de som contratado pelo PT-DF ficou na frente do prédio, que se situa no final da Asa Sul de Brasília. Houve palavras de ordem e o hino socialista "A Internacional" tocado alto.

No auge do protesto, no começo da noite, havia cerca de 80 pessoas no local, inclusive uma deputada federal, Erika Kokay (PT-DF). Manifestantes empurraram e provocaram jornalistas.


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