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O Estado da Federação Amazonas

Governo congela compras após deficit atingir R$ 1 bi

Secretário diz que repasses federais caíram, mas nega prejuízo ao consumidor

Gastos com o custeio avançaram 24,5% desde 2011, e o Estado já estourou o limite com essas despesas

LUCAS REIS DE MANAUS

Contas apertadas e o velho desafio de superar a dependência econômica da Zona Franca de Manaus marcam a reta final do governo de Omar Aziz (PSD) no Amazonas.

À frente do Estado desde março de 2010, Aziz chegou a congelar as compras do governo neste mês, diante de um deficit nas contas que já supera R$ 1 bilhão.

A oposição aponta "descontrole" na gestão: "Há um desequilíbrio perigoso", diz o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB).

O governo reconhece a "luz amarela" e atribui o cenário à queda nas transferências federais, mas nega prejuízo ao cidadão. "Serviços essenciais continuam sendo prioritários", afirma o secretário da Fazenda, Afonso Lobo.

Os gastos com o custeio da máquina pública também avançaram 24,5% desde 2011, e o Estado já estourou o limite com essas despesas --que consomem 49,4% da receita.

Para o titular da Fazenda, esse aumento no custeio reflete aportes em setores como segurança, saúde e educação.

Os gastos em segurança cresceram 24% desde 2011 e trouxeram indicadores positivos em crimes como homicídios dolosos (queda de 3,5% de 2011 para 2012) e latrocínios (queda de 8,3%).

Já as obras de mobilidade prometidas para a Copa do Mundo --Manaus será sede-- não saíram do papel. Os principais projetos, monotrilho e BRT (ônibus rápido), foram adiados. "O financiamento não foi liberado pela Caixa", justifica Lobo.

Diante da escassez de recursos, o desafio do Amazonas é o mesmo há décadas: criar uma alternativa à Zona Franca de Manaus, seu único motor de desenvolvimento.

Aziz promete entregar, até 2014, um plano de fontes alternativas de receita com metas para 2030. Será o terceiro estudo estatal desde 1994, nenhum deles aplicado.

"Dormimos por 46 anos na Zona Franca, não se pensou em nada além dessa área de conforto", diz Luiz Almir Fonseca, coordenador do grupo de planejamento estratégico de Aziz. A "cereja do bolo" do plano é a criação de um polo naval anexo à Zona Franca.

Enquanto as soluções são apenas projetos, políticos locais defendem a prorrogação, por 50 anos, dos benefícios fiscais da Zona Franca, que terminam em 2023.


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