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Mensalão - as prisões

Dirceu e Delúbio preferem cumprir pena em Brasília

Durante visita, ex-ministro disse ter mudado de ideia sobre pedir transferência para presídio em São Paulo

Em bilhete a militantes, ex-dirigentes petistas presos agradeceram apoio e disseram não aceitar 'humilhação'

DE BRASÍLIA

O ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares pretendem cumprir suas penas em Brasília, na ala destinada aos presos do regime semiaberto no Complexo da Papuda.

Ontem, durante o período de visitas, quando questionado sobre se pediria transferência para São Paulo, Dirceu respondeu que havia mudado de ideia e que neste momento preferia ficar em Brasília. Segundo relatos, Delúbio seguiu o colega nesta avaliação.

O advogado de Delúbio, Arnaldo Malheiros, disse que seu cliente estuda a permanência na capital federal, uma vez que ele tem uma filial de empresa imobiliária na cidade. A defesa de Dirceu, por sua vez, disse que irá apresentar um pedido para trabalho externo, mas não especificou em que cidade.

Presos desde sábado, Dirceu, Delúbio e José Genoino agradeceram o apoio da militância do PT e disseram não aceitar "humilhação".

A mensagem foi entregue por um dos advogados de Delúbio a militantes que fazem vigília em frente à Papuda, onde estão os 11 presos pelo processo do mensalão.

"O nosso agradecimento é a luta. Queremos o respeito à lei. Não aceitamos a humilhação, preferimos o risco e a dignidade da luta", diz o bilhete assinado pelos três, que não explica o que eles consideram ser humilhação.

"A ação de vocês nos sustenta muito, nos alimenta. É a solidariedade política, valor essencial da esquerda", afirma outro trecho.

Ao longo do dia, os petistas receberam visita de congressistas e familiares --o presidente do PT, Rui Falcão, também esteve lá. A movimentação gerou crítica de quem, desde a madrugada, guardava um lugar na fila para ingressar na Papuda.

Hoje e amanhã são os dias permitidos para a visita de parentes dos presos, entre 9h e 15h. Mulheres e filhas dos presos se posicionam o quanto antes na frente do portão para garantir mais tempo na companhia dos detentos.

"Quem tem mais dinheiro, tem regalias. É revoltante", disse a mulher de um preso, que não quis se identificar.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do DF informou que a visita de parentes dos presos do mensalão foi um "caso excepcional".

A ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério, tiveram ontem o primeiro banho de sol. Elas têm direito a duas horas diárias, com escolta.

As duas dividem uma cela de 9 m² num galpão improvisado em presídio militar. Pelas regras do local, elas podem ter TV, geladeira e fogão na cela.


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