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Outro lado

Políticos dizem que processarão executivo

Supostos beneficiários de propina negam envolvimento com esquema e veem viés político em denúncia

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

Políticos citados como beneficiários do esquema de corrupção envolvendo empresas acusadas de formar um cartel em contratos do governo de São Paulo negaram envolvimento no caso e disseram que vão processar os responsáveis pelas acusações.

O secretário da Casa Civil do governo de São Paulo, Edson Aparecido (PSDB), disse que a denúncia é um "absurdo completo". Ele afirma que processará o ex-deputado Simão Pedro (PT), hoje secretário da prefeitura de São Paulo e intermediário da denúncia, além do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer e o presidente do Cade, Vinícius Carvalho.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) negou ter conhecimento do cartel, mas confirma ter mantido relações profissionais com a empresa Procint Projetos e Consultoria Internacional --suspeita de intermediar propina a agentes públicos. Ele disse que o vazamento "tem como objetivo fragilizar as gestões do PSDB em São Paulo".

O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) negou as acusações e afirmou que nunca manteve relação com as empresas ou pessoas citadas. Na mesma linha estão as declarações do deputado federal Walter Feldman (PSB-SP) e do deputado estadual Campos Machado (PTB), que negaram qualquer envolvimento.

José Aníbal (PSDB), secretário estadual de Energia, disse que também vai processar os denunciantes. "Jamais vi ou falei com esse ex-diretor da Siemens", ressaltou. "Quero vê-lo onde ele estará cedo ou tarde: na cadeia."

Roberto Garcia, que defende o consultor Arthur Teixeira, disse que ele "nega veementemente que tenham sido praticados atos ilícitos" relacionados a políticos de PSDB, DEM e PPS.

O secretário de Transportes Metropolitanos do governo paulista, Jurandir Fernandes, também negou ter relação próxima com Arthur Teixeira, sustentando que os seus encontros foram "totalmente profissionais".

O vice-governador do DF, Tadeu Filippelli (PMDB), negou "conhecer" ou ter contato" com Everton Rheinheimer e a empresa MGE Transportes. Gustavo de Castro, advogado do ex-governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), disse que ele não tinha vínculo com as empresas que construíram o metrô local, cuja licitação foi feita pelo antecessor, Joaquim Roriz.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do governo, Rodrigo Garcia (DEM), refutou as acusações. "Há motivações políticas", disse.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que não vai afastar os secretários enquanto não ver a papelada.

A Siemens informou que as investigações referentes ao setor metroviário têm como fonte a denúncia ao Cade e que suas apurações internas não encontraram evidências de corrupção.


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