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Jamais deixarei a vida política, diz deputado a revista

DE SÃO PAULO

O deputado federal licenciado José Genoino (PT-SP) disse que, mesmo preso, não pretende deixar a política.

"Jamais deixarei a vida política. Posso ter que mudar a forma, o local e o uniforme, mas o sentido da minha vida é lutar por sonhos e causas" afirmou à revista "IstoÉ".

A entrevista foi feita dentro do presídio da Papuda, anteontem, no Distrito Federal, pouco antes dele ser transferido para um hospital depois de passar mal.

"Não cometi nenhum crime. Estou preso porque era presidente do PT. Por isso sou um preso político", declarou.

O deputado também revelou que o momento mais tenso do julgamento do mensalão foi a dosimetria, quando o tamanho das penas foi definido: "Fui condenado por corrupção sem nunca ter mexido com dinheiro".

Ele também negou a formação de quadrilha. "Nós, no PT, não nos associamos para cometer crimes, e sim para mudar a realidade do Brasil".

Foi a primeira entrevista de Genoino desde que ele se entregou, no dia 15, para começar a cumprir a pena por sua participação no mensalão.

IMAGENS TERRÍVEIS

O ex-presidente do PT disse que quando chegou à prisão, lembrou das "imagens terríveis" de suas prisões na ditadura --ele foi preso e torturado duas vezes durante o regime militar. "A sensação de estar preso injustamente é a mesma", declarou.

O deputado disse ainda que nunca pensou em fugir do Brasil e criticou a transferência dos presos a Brasília. "Ficamos quatro horas em um pátio porque não sabiam onde nos colocar", disse o deputado. "Se não sabiam onde nos colocar, por que nos fizeram viajar?", acrescentou.

Genoino deu detalhes ainda sobre as suas condições de saúde. Ele afirmou que precisa fazer uma biópsia porque está cuspindo sangue e sofre com palpitações, dores nas pernas e alteração na voz.


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