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Acusada de explorar prostituição, pivô da queda de Palocci é presa

Polícia diz que Jeany Mary Corner e outras 2 lideravam esquemas

DE BRASÍLIA

Dona de uma das agendas mais temidas de Brasília, Jeany Mary Corner e outras oito pessoas foram presas ontem pela Polícia Civil do DF sob suspeita de participar de esquemas de agenciamento de prostituição de luxo, incluindo garotas, garotos e travestis.

A delegada Ana Cristina Santiago, chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, diz que investigou grupos distintos, comandados por três mulheres: Jeany Mary, Vilma Nobre e Marilene Oliveira, presas temporariamente por cinco dias. Elas são acusadas de explorar a prostituição, tráfico de pessoas e associação criminosa.

Foram apreendidos celulares, agendas e comprovantes de depósitos bancários.

Jeany ficou calada no interrogatório. As outras duas, segundo a polícia, negaram os crimes. O advogado de Jeany e Marilene, Rodolfo Alencastro, não quis comentar.

Segundo a delegada, garotas narraram estar sendo ameaçadas por tentarem deixar a prostituição. As investigações, que duraram cinco meses, indicam ainda que uma das suspeitas sublocava imóveis para os programas.

Modelos eram agenciadas a preços altos, de acordo com a investigação. Num dos programas Jeany teria enviado, por R$ 10 mil, duas garotas para a Paraíba, uma delas capa de revista masculina.

Jeany, que se define como produtora de eventos, fez fama em Brasília. Ela foi um dos pivôs do escândalo que derrubou Antônio Palocci do Ministério da Fazenda em 2005, no governo Lula. Jeany teria organizado festas em um imóvel frequentado pelo então ministro e que chegou a ser apelidado de "casa do lobby".

Também pesava sob ela a suspeita de ter prestado serviços a pedido de Marcos Valério, operador do mensalão.

Neste ano, seu nome voltou à evidência com uma operação da Polícia Federal na qual prostitutas supostamente ligadas a ela eram usadas para cooptar gestores num esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensões.

A polícia diz que Jeany está em decadência no mercado. Além das três mulheres, foram presas outras seis pessoas, entre elas um travesti, o marido de Jeany e um PM.


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