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Cabral pode deixar governo em março para tentar Senado

Governador quer dar visibilidade ao seu candidato à sucessão, Luiz Pezão

Com isso, peemedebista também viabiliza o desejo de seu filho Marco Antônio de se candidatar a deputado

DO RIO

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), indicou ontem que sairá do cargo em março para disputar uma cadeira no Senado.

A estratégia, ainda não decidida, é dar visibilidade ao vice-governador Luiz Fernando Pezão, escolhido pelo PMDB para disputar a sucessão ao Palácio Guanabara.

Com a popularidade em queda, Cabral também fez afagos no PT. A reaproximação ocorre dias depois da intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para impedir a saída do partido do governo do Rio.

Ao defender o adiamento da decisão do PT, Cabral afirmou que resoluções desse tipo devem ser adiadas para março, prazo para que ocupantes de cargos no Poder Executivo saiam para disputar as eleições --a chamada desincompatibilização. Questionado se seria o seu caso, disse que "possivelmente".

"Companheiros têm me estimulado muito para disputar o Senado. Essa questão não cabe a mim, cabe ao conjunto de aliança de partidos. Vou colocar meu nome à disposição", disse ele.

A saída, contudo, ainda não é certa. Os peemedebistas ainda avaliam se vale a pena o governador deixar o cargo com a popularidade em baixa, correndo o risco de prejudicar o início da gestão de Luiz Pezão. A candidatura ao Senado tem como função ajudar a colar a imagem do vice a de Cabral.

Saindo, o governador também viabiliza o desejo de seu filho Marco Antônio de se candidatar a deputado. A lei eleitoral impede a participação na eleição de parentes de chefes do Executivo da mesma região.

Em tom conciliador, o governador disse respeitar a intenção do PT em lançar nome próprio para o governo do Rio e fez até elogios ao senador Lindbergh Farias (PT), que reivindica a candidatura.

"Numa votação [sobre empréstimo ao governo do Rio] do Banco Mundial, precisamos do senador Lindbergh. Foi extremamente cortês, ágil, junto com o senador [Francisco] Dornelles. Agiram em defesa do Rio com rapidez. Não tenho do que me queixar. Cabe a mim fazer um apelo pela serenidade. A população não vai compreender uma saída repentina do PT após sete anos de governo", disse o peemedebista.

Na mesma direção, Pezão rejeitou fazer campanha em favor do senador Aécio Neves (PSDB), provável candidato do partido à Presidência.

DILMA

O PMDB do Rio chegou a ameaçar não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff caso o PT lance candidatura ao governo do Rio. O presidente regional da sigla, Jorge Picciani, tem sido o porta-voz principal da tese.

"O relacionamento que Cabral e eu temos com a presidente Dilma e com o presidente Lula é acima dos partidos. O PMDB tem muitas opiniões, mas na hora certa a gente chega junto. O PMDB não é unido totalmente, mas quando toca o apito lá na convenção, chega todo mundo junto. Estamos com a presidenta Dilma", disse Pezão.


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