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Morre Marcelo Déda, governador de SE

População de Aracaju foi para as ruas ontem para se despedir do petista, que cumpria seu segundo mandato

Aos 53 anos, ele fazia tratamento contra um câncer gastrointestinal; Jackson Barreto (PMDB) deve concluir gestão

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM ARACAJU ENVIADO ESPECIAL A ARACAJU

Uma multidão ocupou ontem as ruas de Aracaju para a despedida ao governador Marcelo Déda (PT), que morreu ontem aos 53 anos.

Em segundo mandato à frente do Estado, Marcelo Déda fazia tratamento contra um câncer gastrointestinal havia um ano e três meses. Ele estava licenciado da gestão desde maio.

Eleito vice de Déda, Jackson Barreto (PMDB) já vinha atuando como governador em exercício e agora assume o posto até 2014.

O corpo de Déda deixou pela manhã o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e chegou a Aracaju no final da tarde. Milhares de pessoas acompanharam o cortejo do aeroporto até o Palácio Olímpio Campos, local do velório.

O trajeto de cerca de 8 km entre o aeroporto e o palácio foi tomado por moradores. Famílias se aglomeravam na calçada, sentadas na porta de casa ou em carros estacionados. Muitos seguravam bandeiras do PT ou de Sergipe.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff, que esteve no velório, disse ter perdido "um grande amigo". Citou ainda a trajetória "marcada pela dedicação em transformar para melhor a vida das pessoas".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também em nota, lembrou a atuação de Déda na criação do PT e disse que o sergipano foi "exemplo de dignidade e compromisso público" na política. Lula chegou ao velório ao lado do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Advogado, Déda militou no movimento estudantil e aos 25 anos foi segundo colocado na eleição de 1985 para prefeito de Aracaju. Elegeu-se deputado estadual no ano seguinte com votação recorde no Estado: 32 mil votos.

O petista ocupou cadeira na Câmara dos Deputados de 1994 a 2000, quando venceu a disputa pela Prefeitura de Aracaju. Reelegeu-se em 2004 e renunciou em 2006 para concorrer ao governo.

Naquele ano, derrotou o então o governador João Alves Filho (DEM), atual prefeito de Aracaju e representante de grupo político tradicional no Estado. Voltou a vencer o rival em 2010, na disputa pela reeleição.

Na eleição municipal do ano passado, contudo, foi a vez de João Alves vencer o grupo de Déda, que apoiou Valadares Filho (PSB), na eleição em Aracaju.

Durante a licença, Déda teve atritos com seu substituto. Em julho, usou uma rede social para se dizer "triste e decepcionado" com uma nomeação para uma estatal feita por Barreto, que deve tentar a reeleição. "Minha saúde não me permite mais do que o desabafo", afirmou.

Déda foi casado duas vezes e deixa mulher e cinco filhos. Após o velório, que deverá se estender até a tarde de hoje, o corpo do governador seguirá para cremação em Salvador.


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