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STF manda prender mais quatro, e deputado renuncia

Valdemar Costa Neto abre mão do mandato para evitar cassação na Câmara

Segunda leva de prisões atinge ex-deputados Pedro Corrêa e Carlos Rodrigues e Samarane, ex-diretor de banco

DE BRASÍLIA

Vinte dias após as primeiras prisões de condenados no processo do mensalão, o Supremo Tribunal Federal expediu ontem a ordem para que mais quatro comecem a cumprir suas penas, entre eles o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), que ontem mesmo renunciou ao seu mandato na Câmara.

Os quatro se entregaram entre a tarde e o início da noite de ontem em unidades da Polícia Federal ou no presídio da Papuda, em Brasília, onde está a maioria dos condenados detidos em novembro.

Além de Valdemar, foram presos os ex-deputados federais Pedro Corrêa (PP-PE) e Carlos Rodrigues (que foi do antigo PL, hoje PR) e o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane.

Com a segunda leva de prisões decretada ontem, sobe para 19 o número de condenados que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, mandou começar a cumprir pena.

Maior julgamento da história do Supremo, o mensalão consumiu praticamente todo o segundo semestre de 2012 para condenar 25 réus.

Após análise dos recursos, 12 deles tiveram o mandado de prisão expedido no dia 15 de novembro, entre eles o ex-ministro José Dirceu, condenado sob a acusação de chefiar o esquema do mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino e o operador do esquema, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Desse primeiro lote, só o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato não se entregou. Ele está foragido e divulgou uma carta dizendo que escapou para a Itália, onde possui cidadania.

Outros três condenados tiveram a prisão convertida em penas alternativas.

Com os mandados expedidos ontem, falta a definição sobre apenas mais seis réus do mensalão, que dependem da conclusão da análise dos recursos e de outros pedidos que apresentaram.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson --que revelou o esquema em entrevista à Folha em 2005-- aguarda a análise pelo Supremo de um laudo médico que definirá se ele cumprirá sua pena na cadeia ou em regime domiciliar. O petebista tem câncer.

Um dos que devem ter seu caso definido só no ano que vem é o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), que teve direito a apresentar recurso contra um dos crimes pelos quais foi condenado porque obteve 4 dos 11 votos do STF por sua absolvição.

Dos condenados que tiveram a ordem de prisão expedida ontem, o único que começará a cumprir a pena em regime fechado é Samarane, condenado a 8 anos e 9 meses por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.

Os outros três, por terem sido condenados a menos de 8 anos de prisão, podem pleitear o regime semiaberto.

Valdemar foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão, Corrêa pegou 7 anos e 2 meses e Carlos Rodrigues, 6 anos e 3 meses. Os três foram condenados por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

A Polícia Federal também recebeu autorização para transferir de Brasília para Belo Horizonte a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e Simone Vasconcelos, ex-diretora da empresa de publicidade de Marcos Valério.

As duas estavam presas num Batalhão da Polícia Militar dentro do complexo penitenciário da Papuda e haviam sido levadas recentemente para o Presídio Feminino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia.

A polícia não informou quando fará a transferência. (SEVERINO MOTTA, FERNANDA ODILLA, MATHEUS LEITÃO, MARIANA HAUBERT E FILIPE COUTINHO)


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