Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O Estado da Federação Rio Grande do Norte

Gasto com saúde diminui, e governo culpa servidores

Planos de carreira reduziram capacidade de investimento, diz Rosalba (DEM)

Governadora afirma que cumpre o mínimo de 12% para a saúde, mas diz que recursos têm sido insuficientes

RENATA MOURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NATAL

Após prometer na campanha de 2010 tratar a saúde como prioridade, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) caminha para o fim do mandato em meio a problemas no setor e segurando despesas.

Médica, Rosalba é criticada por servidores da saúde, que em outubro pediram à Assembleia Legislativa o impeachment da governadora (o pleito está em tramitação).

Os funcionários apontam atrasos de salários e falta de pessoal e chamam a atenção para os investimentos na área, avaliados como ínfimos pelo Tribunal de Contas local. A participação da saúde nos gastos da gestão caiu: foi de 17,3% da receita em 2011 para 15,7% em 2012. Neste ano, deve ficar em 14,7%.

A governadora justifica a tendência: "Cumprimos o mínimo constitucional de 12% de gastos em saúde, mas os recursos têm sido insuficientes para a demanda", diz Rosalba, citando avanços na reforma de hospitais e na redução de filas de atendimento.

A governadora afirma que há uma campanha dos servidores contra o governo desde que a gestão instituiu o ponto eletrônico: "O pedido de impeachment é uma resposta a essa medida".

O governo, diz Rosalba, teve a capacidade de investimento reduzida por dívidas passadas e pelo ônus de 14 planos de carreira aprovados na gestão anterior. Houve ainda frustração de repasses federais e prejuízos da seca.

Os gastos com pessoal estão praticamente no limite máximo permitido em lei.

Para reverter o quadro, Rosalba suspendeu gratificações e cortou despesas com diárias e combustíveis. "Houve um ajuste fiscal muito difícil para recuperar a capacidade de investimentos e pagamentos do Estado", disse.

O Estado contraiu neste ano empréstimo de US$ 360 milhões (R$ 836 milhões) com o Banco Mundial para investir em cadeias produtivas, educação, saúde e segurança. O dinheiro deve ajudar a viabilizar um novo hospital em Natal, promessa de campanha que não saiu do papel.

Outra obra inconclusa é um projeto de R$ 1,4 bilhão, com recursos federais, para estender a cobertura de saneamento a 80% do Estado.

O governo estima que investimentos públicos e privados alcancem R$ 18 bilhões até 2015. O valor inclui obras de saneamento, adutoras, cisternas, estradas, reforma de hospitais, Copa, parques eólicos e uma barragem.

A oposição diz que muitas obras são de gestões anteriores e só estão sendo retomadas. "Este governo não disse a que veio. Falta rumo", diz o deputado Fernando Mineiro (PT). O cenário eleitoral é incerto. Rosalba não diz se tentará a reeleição. O único a se dizer candidato é o vice-governador, Robinson Faria (PSD), que rompeu com ela.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página