Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Sem-teto deixam terreno do Instituto Lula

Prédio estava ocupado havia dez meses; área sediará futuro Memorial da Democracia

GABRIELA TERENZI DE SÃO PAULO

Um terreno doado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSB) ao Instituto Lula foi desocupado por aproximadamente 80 famílias no último dia 15.

A área pertencia à Prefeitura de São Paulo e foi cedida ao instituto no final de 2012 para a construção do Memorial da Democracia. Em janeiro deste ano, porém, um edifício no meio do terreno foi invadido por cerca de 200 famílias. O grupo foi denominado Ocupação Margarida Maria Alves.

Segundo o líder da ocupação, Nelson da Cruz Souza, o grupo deixou o prédio após negociação com a Secretaria Municipal de Habitação e que a saída foi pacífica.

Ainda segundo o líder, o órgão municipal ofereceu a quantia de R$ 900 e um auxílio de R$ 300 mensais por família para que o local fosse desocupado.

Souza avalia que os valores não condizem com o preço do aluguel em São Paulo. "É uma vergonha. Para construir um museu da democracia, desocupam um prédio e o povo dorme na rua."

O líder diz que a prefeitura alegou más condições do imóvel em função de um incêndio ocorrido em junho.

A Secretaria Municipal de Habitação não enviou resposta à Folha até o fechamento desta edição.

O terreno fica próximo à Estação da Luz, no centro. Na área de 4.300 m² serão erguidos dois prédios para o Memorial da Democracia.

Um deles abrigará o acervo presidencial privado do governo Lula, documentos, cartas e presentes recebidos pelo ex-presidente durante seus dois mandatos (2003-2010). O outro prédio contará a história de lutas brasileiras pela democracia desde a época colonial até a atualidade.

CUSTOS

O Instituto Lula diz que não há previsão para o início das obras ou estimativa de gastos, já que não recebeu da Prefeitura de São Paulo todos os documentos que formalizam a concessão do terreno.

No ano passado, a ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda disse que o instituto poderia captar recursos por meio da Lei Rouanet para financiar a construção do memorial. O diretor da entidade, Paulo Okamotto também cogitou essa possibilidade.

O terreno em que o memorial será construído é avaliado em R$ 20 milhões. A concessão da área é de 99 anos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página