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Testemunha liga delegado à prisão de desaparecido

Procuradoria acusa agentes de sequestro

DE SÃO PAULO

Uma testemunha do sumiço de Edgar de Aquino Duarte ouvida ontem no fórum criminal da Justiça Federal em São Paulo apontou o réu Carlos Alberto Augusto como um dos responsáveis pela prisão de Duarte, ocorrida durante a ditadura militar.

Este foi o segundo dia de audiências no processo em que o Ministério Público Federal acusa o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e os delegados Carlos Alberto Augusto e Alcides Singillo como responsáveis pelo sequestro de Duarte, que desapareceu nos anos 1970.

Todas as testemunhas ouvidas até agora apontaram Ustra como responsável por torturas ocorridas no DOI-Codi de São Paulo, mas nenhuma delas havia dito até então que Augusto e Singillo --que atuavam no Dops-- tinham envolvimento com o caso.

A primeira pessoa a apontar Augusto como um dos responsáveis pela prisão de Duarte foi o ex-preso político Ivan Akselrud de Seixas, que ficou em uma cela ao lado daquela onde estava Duarte.

Seixas disse que, quando ele estava no Dops, Duarte apontou Augusto como sendo um dos agentes que efetuaram sua prisão.

Duarte era amigo do cabo Anselmo, agente infiltrado da ditadura. A tese da Procuradoria é que ele sabia demais e, caso fosse solto, diria que Anselmo estava a serviço do regime. Augusto admite ter prendido o cabo Anselmo, mas nega envolvimento com o sumiço de Edgar. Singillo também diz ser inocente. Ustra não foi à audiência.

Ontem, diferentemente do que houve no primeiro dia de audiências --quando cinco pessoas seguravam faixas em apoio aos réus na entrada do fórum--, ninguém fez protesto contra nem a favor dos acusados.


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