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Grupo quer transformar sede do Dops em museu

Impasse com a Polícia Civil travou negociação

DIANA BRITO DO RIO

O movimento Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça lançou ontem uma campanha para transformar prédio do extinto Dops (Departamento de Ordem Política e Social) em um Espaço de Memória da Resistência.

Segundo representantes do movimento, o governador Sérgio Cabral (PMDB) havia se comprometido a transformar o prédio no espaço cultural ainda este ano, mas um impasse com a Polícia Civil travou as negociações. A corporação alegou ao grupo que pretende criar um museu de arquivos policiais no local.

Inaugurado em 1910, o edifício fica na rua da Relação, no centro da cidade. Ali aconteceram diversas torturas no período da ditadura militar. A Folha tentou contato com o governador e com a Polícia Civil, mas não obteve retorno.

"Queremos trazer os casos dessa época à tona para evitar que isso continue acontecendo", disse Ana Buksztyna Miranda, 65, fundadora do coletivo. Ana Miranda perdeu um rim depois de ser torturada durante a ditadura.

Ex-presos políticos também entregaram representações ao procurador Antonio Cabral, coordenador do Grupo de Trabalho Justiça de Transição do Ministério Público Federal, sobre violações de direitos humanos de agentes do Estado na ditadura.

"O intuito é processar os torturadores e chamá-los a depor na Justiça", afirmou Ana Miranda.


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