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Marqueteiro criticava estratégia de buscar a polarização com o PT
NATUZA NERY DE BRASÍLIAO evento realizado ontem pelo PSDB como trampolim para a candidatura presidencial de Aécio Neves foi o estopim de seu divórcio com o marqueteiro Renato Pereira.
Ambos vinham discordando sobre a melhor mensagem para encerrar o ano que antecede o da eleição. Pereira reprovava que o debate ficasse centrado no "nós (tucanos) contra eles (petistas)".
Ontem, no encontro na Câmara para lançar a base do que será o programa tucano, Aécio discursou sobre os "12 pontos" que alicerçarão sua campanha. Pereira queria algo menos genérico e mais voltado para o eleitor real.
Interlocutores de Aécio explicaram que, ao ver suas sugestões pouco ou raramente acatadas, o marqueteiro decidiu se afastar. Partiu dele, e não do senador, a formalização do rompimento, o que ocorreu em 5 de dezembro.
Nos bastidores, Aécio havia sinalizado há algumas semanas sua disposição de não renovar o contrato, mas não havia oficializado a ruptura.
A revelação do divórcio em razão de divergências sobre a campanha, feita ontem pela Folha, provocou a reação de tucanos: "O contrato já tinha sido feito até dezembro porque ele estava no estágio probatório e na visão da Executiva do partido ele não foi aprovado", disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).