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CPI sobre máfia de fiscais deve continuar na gaveta

Comissão poderia criar constrangimento para petistas e tucanos na capital

Pedido de investigação tem número suficiente de assinaturas, mas não deverá ser tratado como prioritário na Câmara

DE SÃO PAULO

Na Câmara Municipal de São Paulo, o pedido mais recente de CPI para investigar irregularidades na prefeitura não tem chances de emplacar no início de 2014.

A comissão que deveria investigar a máfia do ISS, esquema de corrupção que envolvia auditores fiscais, suspeitos de causar um rombo de R$ 500 milhões, deve esbarrar na falta de interesse político dos vereadores.

A investigação colocaria na berlinda as gestões Fernando Haddad (PT), Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB), uma vez que o esquema montado por auditores --que cobravam propina de construtoras em troca de descontos no imposto-- pode ter começado em 2005.

Nem o vereador Gilberto Natalini (PV), que já conseguiu colher as assinaturas necessárias para a abertura da comissão, diz acreditar que ela vá seguir adiante após o recesso parlamentar.

Para que isso acontecesse, Natalini teria que obter apoio para aprovar outro pedido, de forma que o texto fosse considerado prioritário na Casa. Com isso, a CPI seria colocada na frente da fila.

TRANSPORTES

Outra CPI considerada "indesejada" deverá ser finalizada no início de 2014. A comissão sugerida pela oposição para investigar os sistemas de transporte na cidade, porém, acabou ganhando um viés político.

O seu relatório final não deve trazer conclusões sobre eventuais prejuízos à administração municipal.

Único oposicionista na comissão, Eduardo Tuma (PSDB) afirma que pretende fazer uma relatório paralelo.

Formada em sua maioria por vereadores da base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT), a CPI dos Transportes acabou deixando de lado a "caixa preta" dos custos dos ônibus na cidade e mirou as empresas suspeitas de fraudes em licitações de trens de gestões tucanas no Estado.

Com isso, acabou ouvindo só 1 das 15 empresas de ônibus da capital. O maior grupo de ônibus da cidade, liderado pela família Ruas, que controla mais de metade da frota da cidade, não foi nem convocado pelos vereadores.

Criada em meio à pressão dos protestos contra o reajuste das tarifas, há cinco meses, a comissão foi questionada pela administração municipal antes mesmo de ter sido instalada. O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, disse que a investigação serviria para "achacar" empresários. Tatto pediu desculpas e a CPI foi levada adiante, presidida pelo presidente do PT municipal, Paulo Fiorilo. Ele nega o viés político e disse que a CPI seguiu o cronograma.


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