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Valério pede para cumprir pena em Minas

Condenado pelo STF por operar o esquema do mensalão, empresário quer deixar Penitenciária da Papuda, em Brasília

Requerimento deve ser analisado por Barbosa; defesa diz que prisão no DF dificulta ida da mãe e custa caro à família

MÁRCIO FALCÃO DE BRASÍLIA

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão, pediu ao Supremo Tribunal Federal para cumprir pena na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), no presídio Nelson Hungria, considerado como de segurança máxima.

Desde novembro, ele está no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A solicitação deve ser analisada pelo presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, responsável pela corte durante o recesso do Judiciário.

A defesa de Valério afirmou que a transferência atende a um pedido da família, já que sua mãe é idosa e teria dificuldades de locomoção para visitá-lo, além do alto custo das passagens aéreas.

"Tem sido muito oneroso para a família viajar toda semana até Brasília e tem a mãe dele, que é idosa, que gostaria de visitá-lo, mas não pode pegar um avião", disse o advogado Marcelo Leonardo.

Segundo a defesa, Marcos Valério não tem feito reclamações da Papuda, onde está em uma cela individual. Ele foi condenado pelo Supremo por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, a uma pena de 40 anos, 4 meses e 6 dias de prisão, além do pagamento de R$ 2,8 milhões em multas.

A defesa do empresário fez um contato preliminar com o sistema prisional mineiro e recebeu indicação de que haveria vaga disponível no Nelson Hungria. Há a expectativa de que ele continue em uma cela individual.

Segundo pessoas próximas, Marcos Valério tem receio de cumprir pena ao lado de presos perigosos. Entre 2008 e 2009, ele ficou no presídio do Tremembé, em São Paulo, e relatou ter sido espancado por presos, que queriam extorqui-lo, por considerá-lo famoso e rico. Na época, ele foi preso durante uma operação da Polícia Federal.

Em outubro, chegou a trocar seu título de eleitor de Belo Horizonte para Caetanópolis (MG), o que foi visto como tentativa de conseguir cumprir a pena em um presídio supostamente menos perigoso. A defesa nega a intenção.

OUTROS PRESOS

O presídio Nelson Hungria, que fica em Contagem (Grande BH), recebeu segunda-feira os ex-dirigentes do Banco Rural José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, também condenados no mensalão. A unidade abriga detentos perigosos e também famosos, como o goleiro Bruno.

Ao todo, o STF já autorizou a transferência de sete presos para cumprir pena perto da família. Os ex-deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE) devem ir para seus Estados até amanhã.

Com essa movimentação, vão ficar na Papuda sete condenados no mensalão, como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil).


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