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Tropas iniciam busca por desaparecidos em reserva indígena

Moradores de Humaitá, no Amazonas, suspeitam que três homens foram sequestrados após morte de cacique

Anteontem, cerca de 300 pessoas destruíram local em que havia cobrança de pedágio realizada por índios

LUCAS REIS DE MANAUS

Autoridades e policiais de forças federais e estaduais iniciaram ontem as buscas pelos três homens desaparecidos na reserva dos índios da etnia tenharim, em área próxima ao município de Humaitá, no Amazonas.

A decisão foi tomada após uma onda de violência de moradores no sul do Estado, que começou na última quarta-feira, quando a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) e veículos foram incendiados.

Anteontem, 300 pessoas destruíram, em Apuí (AM), o local utilizado por índios como pedágio ilegal na rodovia Transamazônica, em área dentro da reserva indígena.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Paulo Roberto Vital, que sobrevoou a área ontem, disse que situação está sob controle.

"Montamos um gabinete de crise no local e teremos postos avançados no ponto em que os homens desapareceram, no local onde funcionava a cobrança de pedágio e em uma área em que podem ocorrer novos conflitos", afirmou à Folha.

Moradores suspeitam que os três desaparecidos --Aldeney Salvador (funcionário da Eletrobras), Luciano Ferreira (representante comercial) e Stef de Souza (professor em Humaitá)-- tenham sido sequestrados pelos índios após a morte de um cacique.

Segundo a polícia, o cacique Ivan Tenharim morreu atropelado. No entanto, a Funai levantou dúvidas sobre a morte do índio. No blog da entidade em Humaitá, o coordenador regional, Ivã Bocchini, questiona a versão da polícia e pede que as investigações apontem a causa da morte. Segundo moradores, o texto, retirado do ar, incitou os índios à violência.

Preocupado com a possibilidade de novos conflitos, o Ministério Público Federal no Amazonas recomendou, anteontem, a retirada de publicações com conteúdo discriminatório na internet relacionadas aos dois municípios.

Em nota, a Confederação Nacional da Agricultura cobra "providências urgentes" sobre o paradeiro dos três desaparecidos e pede "mudanças imediatas na condução da política indigenista."


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