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Artistas criticam 'lobby ruralista' contra índios guarani-caiová em vídeo na web

PATRÍCIA BRITTO DE SÃO PAULO

Um vídeo divulgado nas redes sociais em defesa dos índios guarani-caiová afirma que há um "genocídio" dessa etnia em curso no Mato Grosso do Sul, "agravado pelo lobby ruralista na mídia e no Congresso Nacional".

Na gravação, atores como Wagner Moura, Camila Pitanga e Bete Mendes, além do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), incorporam o termo "guarani-caiová" aos seus sobrenomes --a referência à etnia foi disseminada nas redes sociais como protesto em defesa dos índios.

Trecho do vídeo diz que os guarani-caiová são o "lado frágil" de um conflito com ruralistas no Estado "agravado pelo lobby ruralista na mídia e no Congresso Nacional".

Também é citada uma campanha de financiamento coletivo para filmar um documentário sobre a questão.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS), membro da bancada ruralista, não quis comentar as acusações do vídeo nem as críticas aos produtores rurais, mas negou que os fazendeiros sejam responsáveis pelos conflitos na região,e afirma que a "dívida" com a população indígena é da sociedade como um todo.

"Se tiver que ampliar [as reservas], aumentar, demarcar, tudo bem. Mas isso tem que ser feito mediante desapropriação e pagamento pelo valor da propriedade."

O governo federal discute atualmente uma nova regulamentação para demarcações, cuja prerrogativa é hoje exclusiva da Funai (Fundação Nacional do Índio).

Segundo estimativas do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), há 45 mil guarani-caiová vivendo em diversas aldeias do MS.

Ao longo do século 20, os guarani-caiová viveram confinados em uma reserva indígena, misturados a outros grupos. Os conflitos começaram em 1990, quando decidiram sair e se instalar em área habitada por seus ancestrais.


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