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Dirigente da Funai no Amazonas é afastado

Ao levantar dúvidas sobre a morte de um cacique, Ivã Bocchini teria aumentado a tensão entre índios e moradores

A Funai não justificou a exoneração; procurado ontem, ex-coordenador não foi localizado para comentar a decisão

DE MANAUS

A Funai publicou no "Diário Oficial" da União de ontem a exoneração do coordenador regional que postou no blog da Fundação Nacional do Índio um texto apontado como incentivador da tensão entre moradores e índios da região de Humaitá (AM).

Tirado do ar após os conflitos, o texto do então coordenador da Funai na região do Madeira, Ivã Bocchini, lamentava a morte do cacique Ivan Tenharim. No texto, publicado em dezembro, o ex-dirigente levantava dúvidas sobre a versão da polícia, que acredita num acidente de carro. Segundo moradores, o texto incitou os índios tenharim.

A Funai do Madeira atende a região de Humaitá, que vive uma onda de conflitos entre moradores e índios. Moradores incendiaram a sede da Funai e veículos do órgão em Humaitá. Ameaçados, cerca de 150 índios buscaram proteção do Exército e ficaram alojados num batalhão. Só voltaram para seu território, escoltados, dias depois.

A Funai não justificou a exoneração. A própria família do cacique disse acreditar na versão de que ele apenas caiu da moto que pilotava. Procurado ontem pela Folha, Bocchini não foi localizado.

Alguns moradores dizem que o desaparecimento de três homens (o funcionário da Eletrobras Aldeney Salvador, o representante comercial Luciano Ferreira e o professor Stef de Souza) foi uma retaliação à morte do cacique.

Os três sumiram no dia 16 de dezembro na rodovia Transamazônica, em trecho que atravessa a reserva tenharim. As buscas por eles continuam na região.


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