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Cotidiano em cima da hora

Mulheres são presas ao tentarem entrar com celulares em Pedrinhas

Ação ocorre após a Folha mostrar fragilidade no controle de visitas

DE SÃO PAULO

Após a Folha revelar fragilidades no controle de visitas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, duas mulheres foram presas tentando entrar com celulares e drogas no local.

As detenções aconteceram na manhã de ontem durante revista do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que assumiu a segurança do local, onde 62 presos foram mortos desde o início de 2013.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, Victoria de Moura Silva, 18, tentou entrar no presídio São Luís 1, uma das oito unidades do complexo, com cinco chips de celulares. O marido dela cumpre pena por assalto e homicídio.

Já Valquiria Silva dos Santos estava com quatro aparelhos, dez chips, três carregadores e quatro trouxas de cocaína. O governo não informou a idade dela nem se ela tem parentesco com algum detento do local.

Ontem, a reportagem mostrou que duas jornalistas conseguiram entrar, sem se identificar, na Casa de Detenção, uma das principais unidades do complexo de Pedrinhas.

Sem terem passado por revista ou detectores de metais, as repórteres puderam circular livremente pelos pavilhões, conversar com detentos e tirar fotos do local com aparelhos celulares.

A gestão Roseana Sarney (PMDB) informou que vai apurar as falhas no controle de entrada na penitenciária.

'DESCONTROLE'

Para a deputada estadual Eliziane Gama (PPS-MA), a entrada de celulares no local demonstra o "relaxamento e a displicência do sistema".

Ela, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão e pré-candidata ao governo do Estado, foi impedida de entrar no complexo na sexta.

Especialistas em segurança pública ouvidos pela Folha também criticam a fragilidade no controle da entrada de celulares no local.

"Há um total descontrole. Essa facilidade de entrar só mostra que é possível e fácil a comunicação dos presos com o mundo de fora, sendo possível ordenar ataques, diz Renato Sérgio de Lima, conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Para o analista criminal Guaracy Mingardi, falta uma política de combate ao crime e de controle ao sistema penitenciário do Maranhão.

"Isso mostra que muitas das ações do governo do Estado são blá-blá-blá'."


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