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Veto a alianças é pior para o PSB, diz Aécio

Tucano defende manutenção de acordo entre os partidos em até 15 Estados, incluindo São Paulo, Rio e Minas

Sob pressão de Marina, socialistas já admitem não apoiar Alckmin; ex-senadora se reuniu com Campos ontem

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse ontem que eventuais vetos da ex-senadora Marina Silva a alianças estaduais do PSB com tucanos para as eleições de outubro vão prejudicar mais os socialistas.

Interlocutores do governador Eduardo Campos (PSB-PE), pré-candidato do PSB à Presidência da República, já dizem abertamente que a aliança do PSB com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que é candidato à reeleição, não deve ser viabilizada.

O tucano trabalha pela manutenção do PSB em seu arco de aliados, mas Marina, cotada para ser vice na chapa de Campos, se recusa a referendar o entendimento.

O grupo da ex-senadora prefere lançar candidatos próprios em palanques como Rio de Janeiro e São Paulo. Também haveria resistência a um acordo com os tucanos em Minas Gerais, terra de Aécio.

"Se houver veto [de Marina], altera o quadro, mas em prejuízo maior do próprio PSB, o que seria antinatural", afirmou Aécio. "É bom para os candidatos deles a deputados e até para os majoritários", completou.

Segundo Aécio, socialistas e tucanos poderiam caminhar juntos em até 15 Estados. Sem citar nomes, o senador alfinetou o grupo político de Marina.

"Tenho estimulado que respeitemos as decisões locais. Toda decisão a fórceps, artificial, imposta na política não traz bons resultados", disse, numa referência ao discurso de que o ideal, para a Rede de Marina Silva, seria apostar em nomes "novos".

Ao defender a aliança entre tucanos e socialistas, Aécio afirmou não temer uma eventual divisão de palanque com Campos em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. "Sinceramente, para mim não afeta. Quem disputa a Presidência não pode temer ninguém."

REUNIÃO

Enquanto Aécio falava em Brasília sobre as alianças, Eduardo e Marina se reuniram em São Paulo.

A versão oficial é de que os dois trataram do cronograma para o lançamento do programa que norteará a formação de alianças regionais.

À Folha, Campos disse não ter tratado de casos específicos com a ex-senadora.

"Não falamos de PSDB nem de São Paulo. Somente depois que cada Estado receber a diretriz e fechar seus acordos regionais identificaremos os casos-problema, que serão resolvidos pela executiva nacional", disse.

Questionado sobre se São Paulo já não era tratado como um "caso-problema", Campos desconversou: "Se é [problema], eu não sei. Se for, a gente lida com ele".

O pernambucano afirmou ainda que só após o dia 31 de janeiro as alianças regionais serão debatidas.


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