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Direção do PT vai monitorar textos na web

Após polêmica com Eduardo Campos, cúpula do partido irá controlar publicação de conteúdo oficial na internet

Material a ser veiculado nas redes terá de ser submetido à aprovação prévia do presidente do partido, Rui Falcão

DE SÃO PAULO

Após a polêmica provocada pela publicação de um texto com críticas a Eduardo Campos e Marina Silva na página oficial do PT no Facebook, a direção nacional do partido resolveu centralizar o controle sobre o conteúdo veiculado nas redes sociais durante a campanha de 2014.

Na próxima sexta-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, vai se reunir com o secretário de Comunicação do partido, José Américo, o vice-presidente da legenda, Alberto Cantalice, o jornalista Leandro Fortes e outras quatro pessoas que produzem conteúdo para os canais oficiais do PT na internet.

Segundo petistas, foi Cantalice quem aprovou o artigo "A balada de Eduardo Campos", divulgado no último dia 7, que chama o governador de Pernambuco de "playboy mimado" que "vendeu a alma à oposição" e a ex-senadora petista de "ovo da serpente".

No dia seguinte, Campos reagiu e classificou o artigo de "ataque covarde": "Enquanto os cães ladram, a nossa caravana passa". O Palácio do Planalto evitou comentar o caso. O governo, contudo, avaliou que tais polêmicas não beneficiam Dilma.

Cantalice disse que o texto era uma "resposta às críticas" que o governador de Pernambuco vinha fazendo a Dilma na internet, mas não constituía "a posição oficial do partido". O artigo foi escrito pelo jornalista Leandro Fortes, segundo a Folha apurou.

A ordem da direção do PT é que nada mais seja publicado sem a aprovação de Rui Falcão e de José Américo. Cantalice continuará responsável pelas redes sociais do partido, mas todo o material produzido precisará ser aprovado pelos dois dirigentes.

O objetivo é evitar que episódios como o do Facebook se repitam. A avaliação da cúpula petista é a de que Cantalice deveria ter sido mais rigoroso e previsto uma crise com os antigos aliados frente ao tom do texto, classificado como "ácido e grosseiro". Na ocasião, o vice-presidente da sigla avaliou que o artigo não teria grande repercussão.

Outra ordem da cúpula é que nada mais seja publicado sem assinatura. Agora, segundo petistas, serão veiculados materiais com "rosto", sempre assinados por militantes ou dirigentes do partido.

Leandro Fortes foi contratado recentemente pela Pepper, empresa que presta serviços de comunicação para o PT. Ela fará o monitoramento das redes para mapear perfis falsos usados para atacar candidatos do partido --sobretudo a presidente Dilma.


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